quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Bater com a cabeça na parede

Quando era adolescente e tomava atitudes que a minha mãe desaprovava (e que eu persistia em ter), ela dizia-me 'Ainda vais bater muito com a cabeça na parede'. E assim foi. Bendita seja a minha mãe por ter uma capacidade de ante-visão tão acurada.
Há coisas na nossa vida com que optamos despender mais tempo. Seja numa coisa tão fútil como fazer a árvore de natal (já fizeram a vossa?) ou em fazer companhia enquanto uma amiga cozinha. Ou em ouvir os seus desabafos, fazermos (também) os nossos na esperança de sentir um empurrão de força, em cozinhar para elas a troco zero, enfim. Uma lista interminável de coisas em que investimos o nosso tempo e a nossa alma (palavra feia, eu sei, mas não encontrei melhor). Há dias, durante este percurso, em que nos perguntamos se vale a pena, se haverá retorno deste carinho... se somos correspondidas! E, pelo menos eu, faço um esforço por acreditar que sim. Porque, afinal, partilho um tecto com essas pessoas.
E é uma facada nas costas (que, com tantos embates, até já são largas) quando percebemos que foi tudo em vão. Foi tudo engodo de uma parte. E aí desvanece-se a vontade de investir. Nisto e no resto... porque há a pergunta 'Valerá a pena?.

Papoila

3 comentários:

Morcegos no Sótão disse...

Costumava acreditar sempre que valia a pena... Agora, começo a achar que certas coisas não valem mesmo o esforço.

Espero conseguir ser feliz mesmo sabendo isso. E espero que tu também. *

MJNuts

Nina disse...

Procura em ti. No fundo, no fundo sabemos sempre se vale a pena, gastamos é imenso tempo e energia a contrariar os nossos instintos.

rv disse...

como em tudo, nas pessoas tb existe a possibilidade de não nos merecerem, gostar de nós é sp o melhor caminho até pq tb as há tão egocêntricas q nem se apercebem dos q se atravessam no seu caminho, costumo dizer q não tenho idade para fazer fretes ;)