sábado, 1 de maio de 2010

Márcia, A pele que há em mim

Quando o dia entardeceu
E o teu corpo tocou
Num recanto do meu
Uma dança acordou
E o sol apareceu
De gigante ficou
Num instante apagou
O sereno do céu

E o cão a guardar lugar em mim
O desejo a contar segundo o fim

Foi num ar que te deu
E o teu canto mudou
E o teu corpo do meu
Uma trança arrancou
E o sangue arrefeceu
E o meu pé aterrou
Minha voz sussurrou
O meu sonho morreu

Da me o mar, O meu rio, Minha calçada
Dá-me o quarto vazio, da minha casa
Vou deixar te no fio da tua fala
Sobre a pele que há em mim
Tu não sabes nada

Há que elogiar a boa música portuguesa. Um atiranço de almofada especial à Samica, que tão gentilmente ma cedeu, mesmo tendo em conta que sou alentejana.

Papoila


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