terça-feira, 30 de abril de 2013

Adultícia


Sou finalmente adulta. Fiz ontem o meu primeiro IRS. Estou tão crescida!

Orquídea

sábado, 27 de abril de 2013

Falta 1 semana!


Falta uma semana para o nosso piquenique de bloggers! Ainda não se inscreveram? Do que estão à espera?!

Orquídea

sexta-feira, 26 de abril de 2013

França


Fico muito feliz por, a seguir à Nova Zelândia, a França se juntar aos países em que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é uma realidade. Porém, imagens como estas deixam-me com o coração apertado. Não consigo compreender como é que uma lei como esta pode gerar tanto ódio, tanta raiva, tanto confronto. Não compreendo como é que, por mais divergente que sejam as opiniões, ocorram confrontos com a polícia até de madrugada por causa de uma lei que não vai influenciar a vida de nenhuma destas pessoas. Não interfere com a sua felicidade, o seu percurso, a sua escolha. Apenas dá direitos a mais pessoas, sem tirar a outros. Como é possível?! Live and let live.
Na nossa viagem a França, tive de perguntar a quem tem vivido isto no local qual o impacto destas manifestações, visto que, como sabemos, a comunicação social tende a distorcer sempre um pouco. Boas notícias: apesar de vermos aquela quantidade de pessoas na rua, o número não é significativo tendo em conta a população francesa. A grande maioria desvaloriza estas manifestações porque, acima de tudo, estão as três palavras que marcaram a revolução francesa e que estão muito presentes na filosofia do país: liberté, égalité, fraternité. Festejemos então, sem medo, a igualdade!


Orquídea

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Vale tudo no Vale Tudo



Alguém assistiu a esta cena? Não um, não dois, mas vários beijos entre os atores João Ricardo e Vitor Manuel num dos desafios do programa da SIC, Vale Tudo. Estavam divertidíssimos com a cena, enquanto a Luciana Abreu se mostrava "um pouco confusa", o Unas aparentemente também e, no final, o Manzarra fugiu o mais que pode das brincadeiras dos atores. É impressão minha, ou os dois atores deram uma lição em pleno horário nobre?

Orquídea

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Jeff Buckley


É inacreditável o quanto me apaixono sempre que regresso ao Jeff Buckley. É um porto seguro, isso não esqueço, mas fico temporadas sem me perder nas suas músicas que chego a desconfiar que não será a mesma coisa. Mas é. Há algo que distingue o Jeff de qualquer outro artista que oiça. E aquele album, em Sin-É, é inacreditável. É o Jeff sentado aqui ao meu lado a tocar descontraidamente a sua guitarra, a brincar com a música, com as pessoas, e com uma beleza rara e irrepetível. Uma voz e uma guitarra.
Hoje voltei a Sin-É. Quando precisar, posso voltar a Olympia ou a Chicago, se quiser uma maior agressividade na abordagem, ou apenas ao album Grace e o inacabado Sketches for My Sweetheart the Drunk se quiser recordar a genialidade e pureza na composição. Há uma música para cada estado de espírito. É uma perdição.
Enfim, vou voltar para o café e já volto.

Orquídea 

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Novo Look


A minha Papoila mudou de look. Óculos novos, corte de cabelo novo. Resultado: eu volto a apaixono-me por uma nova mulher e os senhores dos bancos que estão à entrada dos super-mercados já nos abordam. Parece que finalmente parecemos jovens trabalhadoras e não adolescentes sem interesse financeiro. Agrademos o reconhecimento dizendo que ainda somos estudantes e acelerando o passo.

Orquídea

quarta-feira, 17 de abril de 2013

O Maravilhoso Mundo dos Blogs

Passei hoje à porta do Centro LGBT, ali na rua de São Lázaro e lembrei-me de quando passávamos lá à porta há uns bons anos, envergonhadíssimas, mas com uma grande vontade de entrar e conhecer gente como nós. Não nos atrevemos a entrar. Acabámos por ir bater à porta da blogosfera. 
A Papoila descobriu o maravilhoso mundo dos blogs e progressivamente acabei por sucumbir também ao fascínio. Aquela partilha fazia-nos sentido. Eram as pequenas particularidades da vida de cada blogger, para além da sexualidade semelhante à nossa, que davam cor aos blogs. Ali, havia liberdade e segurança para sermos nós próprias.
Criámos o nosso blog, queríamos fazer parte. Trocámos comentários entre posts e eventualmente e-mails com as bloggers que mais gostavamos de ler. Pouco tempo depois, a Papoila, mais entusiasta que eu nestes momentos iniciais, acabou por nos levar a conhecer pessoalmente uma das raparigas por detrás das palavras. Soube bem estar com alguém como nós e não nos sentirmos tão isoladas. Entusiasmámo-nos. Daí a pouco, arriscámos um novo contacto real. E, aos poucos, criámos amizades, que perduram até hoje.
O entusiasmo cresceu e vimos que era generalizado. No já ido ano de 2010, decidimos organizar um encontro de bloggers, onde compareceram umas oito corajosas bloggers. Foi fantástico. 
Ao longo dos anos, temos repetido o evento. Juntámos pessoas das mais variadas idades e de todos os cantos do país (ilhas incluídas!). Correu sempre tudo bem, sempre com sorrisos e boa disposição entre todas. Quem já foi, quase sempre regressa ou manifesta esse desejo. E nós, por muito trabalho que dê organizar estes eventos, acabamos por ceder sempre ao desejo de voltar a juntar estas pessoas tão especiais para nós e conhecer aquelas de que ainda só temos o prazer de conhecer as palavras escritas.
Costumo dizer que só fico satisfeita se, em cada novo evento, for pelo menos uma pessoa nova, pela primeira vez. Não é por mim, é por vocês. Esta aventura na blogosfera trouxe-me tanta coisa boa e foi essencial para o meu crescimento, aceitação e felicidade que seria egoísta não querer partilhá-lo. Sei o quanto precisei disto. Sei o quanto pode ser preciso para algumas de vocês. É por isso que cá estamos. Não só para estarmos com quem gostamos e com quem nos sentimos à vontade, mas também porque um dia foram blogs como este que, pelas pessoas maravilhosas por trás deles, nos ajudaram no nosso percurso. Temos amizades tão boas que começaram aqui. Porque, como disse uma das nossas maiores amigas blogger, o melhor desta comunidade é podermos criar amizades sem ter de passar pelo coming out, esse momento aborrecido e desejavelmente desnecessário. É mesmo isso, S.
Tudo isto para, de certa forma, fazer a minha homenagem a este mundinho nosso e a convidar-vos, mais uma vez, a juntarem-se a nós e a fazerem parte desta aventura. Temos muito gosto em partilhar estes momentos convosco. Tem sido uma honra.

Orquídea

terça-feira, 16 de abril de 2013

Encontro de Bloggers: 4 de maio

Temos data! Tendo em consideração as preferências de tod@s, o próximo encontro de bloggers será dia 4 de maio,  faremos um piquenique num jardim agradável, seguido de jantar e Quiz! Estão, portanto, abertas as inscrições para este maravilhoso evento. Peço que mesmo aquel@s que votaram em dia 4, nos confirmem a vossa presença. Ficamos à espera do vosso contacto!

Orquídea

Rascunhos fotográficos [Paris, Abril '13]


















Papoila

sábado, 13 de abril de 2013

Last Call: Encontro de Bloggers

Atenção: as votações para o próximo encontro de bloggers serão encerradas na segunda-feira, dia 15, altura em que revelaremos o dia escolhido. Por isso, quem ainda não votou, é favor deixar as suas preferências aqui!

Orquídea

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Quiromancia à moda de Orquídea

[Sentadas no aeroporto, lado a lado, viradas para a linha de descolagem.] A Orquídea estica o meu braço, olha para a minha mão e aponta para um dos sulcos dizendo "Esta é a linha da vida!". Respondo "Ai é? E o que é que diz?". "Que vais viver até aos 104 anos...". Respondo-lhe, preocupada - "E o que diz a linha da tua mão? Não quero cá ficar se tu não estiveres comigo..." Ela pausa, olha para a mão dela, e diz - "Também são 104 anos. Vamos morrer ao mesmo tempo. Acidente de mota!".


O que nos rimos.
Até porque não conduziríamos uma mota antes de a demência ou loucura senil nos tirar o juízo crítico das coisas...
Papoila


quarta-feira, 10 de abril de 2013

Singularidades #20

Vamos no carro a ouvir uma música de hip-hop portuguesa e, perto do final, um rapazinho canta o refrão. Depois de um bocado a escutar a cantoria, dizes tu, "vê-se mesmo que este miúdo precisa de tirar os adenoides".

Ninguém faz diagnósticos como tu.

Orquídea

terça-feira, 9 de abril de 2013

Lembro-me muito deste filme. Somehow it makes sense.


Oliver: Why are you telling them you're turning the corner?
Hal: Well, uh...
Oliver: You, you have stage four cancer.
Hal: It's not as bad as it sounds.
Oliver: Pop - There is no stage five.
Hal: [chuckles] That's not what it means.
Oliver: Well, then what does it mean?
Hal: It just means that it's been through three other stages.

Anna: But now I'm always in a new apartment or in another hotel somewhere.
Oliver: How do you keep hold of friends? Or boyfriends?
Anna: Makes it very easy to end up alone. To leave people.
Oliver: You can stay in the same place and still find ways to leave people.

Hal: Well, let's say that since you were little, you always dreamed of getting a lion. And you wait, and you wait, and you wait, and you wait but the lion doesn't come. And along comes a giraffe. You can be alone, or you can be with the giraffe.
Oliver: I'd wait for the lion.
Hal: That's why I worry about you.
Beginners
Papoila

Com um aguento. Com dois, #$%.

Quando julgava que as coisas não podiam piorar...

What the hell is our porpose in life?

Papoila

terça-feira, 2 de abril de 2013

Vamos ali...

...e já voltamos!

Orquídea

PS: Enquanto estamos fora, aproveitem para irem votando no questionário para o encontro de bloggers!

segunda-feira, 1 de abril de 2013

A Insustentável Leveza do Ser


Quando somos pequenos vemos as coisas como certas. A mamã, o papá, o mano, os avós... vão estar sempre ali para nós. E vai ser assim para todo o sempre - é, indubitavelmente, um dado adquirido. Esta utopia protege as crianças e permite-lhes ter um desenvolvimento adequado. Seguro. Dá-lhes identidade, auto-estima, valida-lhes os sonhos e acalma-lhes os medos. Nesta altura, não se compreende a insustentável leveza do ser.

Nessa altura o meu tio trazia-me mochilinhas em forma de koala. Fazia-me groselha com mais concentrado que água. Convencia o meu pai a levar-nos ao banho no ribeiro. Deixava-nos ficar no sofá até às tantas da manhã, a comer as amoras que apanhávamos na serra e a ver programas que não eram para a nossa idade. Nessa altura o meu tio era um herói. Combatera no Ultramar, vira amigos a morrer e veio de lá com stress pós-traumático. Depois foi para Lisboa e, as suas fotos nos álbuns de família, mostram um jovem com personalidade. Um quase modelo dos anos 70, de camisas riscadas e sapatos polidos, que posa para as fotos com um estilo peculiar e atractivo. Foi um segundo pai para os seus 5 irmãos mais novos... e, não fosse ele, nem tudo teria sido fácil.

Depois cresci. Estudei e entrei em Medicina. Vi coisas que me foram moldando e que, sem eu querer, criaram uma barreira entre a emoção e a objectividade - esta barreira protege a minha fragilidade e susceptibilidade. Permite-me conviver de perto com coisas horríveis sem que isso me vá carcomendo. Agora, depois disto, sei que nada é certo. Que nada é para todo o sempre. Agora compreendo a insustentável leveza do ser. 

Perguntaram-me se era grave. Perguntaram-me qual era a esperança média de vida. Como eram os procedimentos. O que se seguia. Eu fui respondendo e, enquanto as minhas respostas iam destruindo quem as ouvia, a minha barreira não se baixou. Eu, objectiva, ia dando dizendo o que ninguém queria ouvir. Disse também, como que a querer desculpar-me, que todos os casos são únicos. Que pode não ser bem assim. Que ele é um homem forte. Que os médicos farão tudo o que está ao seu alcance. ... ... Mas sem acreditar, em plenitude, nisso. 

Sinto-me culpada. Talvez devesse ter ficado pelo "acho que devem ir vê-lo o mais rapidamente possível".

Espero que a minha avó não veja outro filho morrer. 

Que eu não saiba nada de medicina... e que tudo corra ao contrário.

Papoila