quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A Cegonha


Obrigada, querida Cegonha, pelo álbum [abraço]. Às vezes estes gestos tão simples (como enviar um conjunto de músicas a alguém a umas milhas de oceano away) fazem tanta diferença!

Como já aqui disse, a readaptação Lisboa tem sido violenta. Não pelas diferenças em si, mas pelo trabalho exaustivo a que a faculdade me tem obrigado e pela nova dinâmica da casa em que estou... esta música acalma o turbilhão de sentimentos com que me tenho debatido.

Na minha terra as cegonhas iam e vinham com o calor. Quando Inverno, os gigantes ninhos eram ocupados pelos pardais preguiçosos, que fugiam ao trabalho de construir a sua casa e, de forma oportunista, invadiam o palacete das cegonhas. Hoje em dia, tal como os Homens, também as cegonhas deixaram de viajar com as mudanças de tempo. Hoje em dia as cegonhas não voam para o norte de África. E os pardais já coabitam nos ninhos com as cegonhas, que ficam todo o ano.

Na minha terra há um cegonho que vivia com o amor da sua vida: uma cegonha de bico limpo e luzidio. Um dia a cegonha desapareceu. Nunca mais ninguém a viu. Nunca mais voltou. Mas o cegonho continua no seu ninho, à espera que o amor da sua vida volte. Nunca mais se apaixonou por nenhuma cegonha... e todos os dia assiste ao pôr do sol sobre a foz do rio. Há anos que ele espera por ela.

This is a true story, girls. Um dia que visitem a minha terra, levo-vos a conhecer o cegonho. Há uma velhota que espera pela cegonha com ele, junto às muralhas do castelo. As cegonhas são animais fieis, muito inteligentes e muito majestosos.

Voltem depressa à capital, sim? Beijinho doce às duas.

Papoila

1 comentário:

cegonhagarajau disse...

: )
obrigada pelas palavras, obrigada pela empatia.
Obrigada pela - ouso dizer - amizade que floresce entre flores e aves.
Sempre que quiserem umas musiquinhas é só dizer (as maravilhas que o dropbox faz!).
Abraço nosso para vocês e bom sábado :)