sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Avô

Ainda não sei o que é despedir-me de alguém porque tem que ser. Quando não resulta pedir para ficar mais um pouco, para ir no próximo autocarro, para esperar mais umas horas. Quando não há tempo para dizer gosto muito de ti ou desculpa não ter sido diferente. Quando fica um carinho por dar. Quando fica um lugar para visitar, um daqueles a que tu querias mesmo ir e ao qual ninguém te conseguiu levar. Também já não conseguirias, avô, o teu corpo já te prendeu. Mas, nos sonhos avô, sei que lá foste.

No fim, ficará guardada a frase que mais te ouvi dizer 'Cuida bem da tua avó...'. E eu penso se isto não é uma declaração de amor. Acho que é.

Papoila

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