Chegou a altura de falar daquele dia. É importante que o faça porque, há algum tempo, era eu que andava a vasculhar no meio destes blogs à procura de ajuda, à procura de histórias de raparigas e mulheres como eu, que já tivessem passado por situações que tanto temia. Procurei, especialmente, por histórias de coming out. Sei o quão importante foi ler algumas e não posso deixar de contar o que se passou comigo, para que um dia alguém que por aqui passe e procure o mesmo que eu procurei se sinta melhor, mais confiante e segura. No fundo, I'm paying it forward.
Já há quase um ano que decidi que estava na altura de contar à minha mãe. Os meus pais são diferentes entre si e a relação com a minha mãe é muito mais próxima do que com o meu pai, daí ter decidido contar primeiro apenas à minha mãe. Fui adiando a conversa para uma altura em que estivesse estável, sem outras preocupações, para que pudesse estar disponível para lidar com qualquer que fosse a reacção. No início do Verão comecei a escrever uma carta para organizar tudo o que queria dizer, para que não faltasse nada nem houvesse mal entendidos. E agora, em férias e já depois do exame da Papoila (que também precisaria de disponibilidade para lidar com isto tudo), seria a melhor altura para a conversa.
Esperei por uma noite em que estivesse sozinha em casa com a minha mãe, o que aconteceu na semana passada. Jantámos as duas em casa, esperei que a minha mãe se instalasse confortavelmente em frente à televisão e juntei-me a ela, de carta no bolso. A Papoila estava bem entregue, junto de amigas da "família", que cuidavam da sua preocupação e ansiedade. Chegara o momento.
Orquídea
Já há quase um ano que decidi que estava na altura de contar à minha mãe. Os meus pais são diferentes entre si e a relação com a minha mãe é muito mais próxima do que com o meu pai, daí ter decidido contar primeiro apenas à minha mãe. Fui adiando a conversa para uma altura em que estivesse estável, sem outras preocupações, para que pudesse estar disponível para lidar com qualquer que fosse a reacção. No início do Verão comecei a escrever uma carta para organizar tudo o que queria dizer, para que não faltasse nada nem houvesse mal entendidos. E agora, em férias e já depois do exame da Papoila (que também precisaria de disponibilidade para lidar com isto tudo), seria a melhor altura para a conversa.
Esperei por uma noite em que estivesse sozinha em casa com a minha mãe, o que aconteceu na semana passada. Jantámos as duas em casa, esperei que a minha mãe se instalasse confortavelmente em frente à televisão e juntei-me a ela, de carta no bolso. A Papoila estava bem entregue, junto de amigas da "família", que cuidavam da sua preocupação e ansiedade. Chegara o momento.
Orquídea
Sem comentários:
Enviar um comentário