quarta-feira, 23 de março de 2011

No Matter What


Foi um dia feio, muito feio. Termina-se o dia com o peito pesado e uma vontade de uma Primavera em mais do que na meteorologia. Mas houve aquele momento e, no matter what, quis escreve-lo e aqui vai. Porque também é preciso alguma beleza e alegria.

Surpreendo-me várias vezes com o amor que te tenho. Os dias passam depressa, sem tempo para nos vivermos, para olharmo-nos nos olhos e vermo-nos apenas a nós. Nem sequer nos apercebemos das horas a correr. Mas depois há momentos que nos despertam e as borboletas na barriga voltam. Como uns beijos prolongados que não esperava, que me deixam zonza e com alguma dificuldade em andar a direito. Ou, como hoje, aquela festinha na bochecha, com o teu sorriso terrivelmente doce, num até logo que se deseja não tardar. E fica-me o sorriso embevecido na cara, e a Primavera no corpo e na vontade, e o passo acelerado porque há novas e bonitas energias, e uma despreocupação com o facto de alguém ter apanhado este momento de fraqueza do coração, vê-lo no meu sorriso tonto e inquebrável e, quiçá, entender este nosso segredo tão mal escondido.
Sinto que o estou a viver em pleno pela primeira vez. E, gosh, como sabe bem.

Orquídea

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