O que mais estranho é não poder falar à vontade, sem pensar nos minutos da conversa. O que não deixa de dar mais entusiasmo e alegria quando recebo notícias tuas. Devias ver-me, quase aos pulinhos quando atendes. Até a minha mãe já me pergunta se tive notícias tuas, já viste? Fazes falta.
Mas não te quero já por cá, tens ainda muito que viver. Antes de mais, cuida bem da tua amigdalite. Ainda não foi desta que a tua garganta e anexos se portaram bem durante uma viagem de avião. Mas se tiver que ser, que seja agora, que te livres depressa do incómodo e que te divirtas!
Sei que já tens algumas fotografias fantásticas para mostrar, espero que a internet ajude a fazê-las chegar depressa. Entretanto, tens ainda muito que descobrir. Vais encontrar o teu cantinho por aí, mesmo que quem te rodeie não te compreenda como gostarias. Tens um coração grandioso.
Sinto que tenho muito para te contar, mas que pouco realmente interessa. Só preciso de te ouvir e saber que estás bem. Que sorris. O resto, fica para depois, já aconchegada em ti, com todo o tempo do mundo para partilharmos os dias que passaram.
Hoje à noite telefono-te de novo. Até já!
Orquídea