Nada como ler este livro no final de um ano e início de outro, em plena mudança de vida. Os conselhos que Rilke dá ao jovem poeta que lhe escreve são universais para quem tem aspirações a algum mérito literário.
Visto que tenho um gosto especial pela escrita (para além da leitura), aceito-os de bom grado e sem muita surpresa. A honestidade, acima de tudo. Escrever porque tem mesmo de ser e não porque se quer. Escrever por não saber viver de outra forma. Uma necessidade fisiológica.
O sofrimento e a solidão são abordados como companheiros fieis da produção literária/poética. Em dez cartas, umas mais prolongadas que outras, Rilke divaga sobre o que faz um bom escritor, um verdadeiro escritor, que sente, que vive e que cresce com tudo o que experiencia. Mais do que a arte da escrita, Rilke discorre sobre a arte da vida. Cartas para serem apreciadas, num tempo em que os Correios já não trazem tantas preciosidades destas como antigamente.
Orquídea
2 comentários:
"O sofrimento e a solidão são abordados como companheiros fieis da produção literária/poética. " De facto, é interessante e verídica esta afirmação. E não se tem de ser um ermita doente e solteiro para ter este sofrimento e solidão. Existe um lugar em todos nós que só a nós nos pertence, e onde se guardam os pensamentos mais inquietantes. E as poucas formas de se aceder a esse lugar, é através da reflexão, e a única forma de os mostrar é através da escrita. Obrigada pelo comentário à obra. =)
Como gostei de o ler :)
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