Desta vez, vou variar um pouco e sair da colecção para ler um livro que me ofereceram no meu aniversário, o livro "Sinto Muito", do Nuno Lobo Antunes. Estive com o autor por altura do Natal, numa fnac onde distribuía autógrafos e conversava com que quisesse e troquei algumas palavras com ele. Confesso que me pareceu tão snob e prepotente como o seu irmão João, que é quem conheço melhor pelas várias intervenções que fez ao meu estudo naquela biblioteca gelada. Comentou, na altura, que achava, com toda a modéstia, que todos os estudantes de medicina deviam ler este livro. Pensei para mim "Riiight". Mas li-o. E já não vou fazer mais juízos de valor.
O livro é muito triste. O Dr. Nuno Lobo Antunes é neuro-oncologista pediatrico. Ou seja, é quem dá as más notícias, aquelas mesmo más, que envolvem crianças sem grande esperança. É muito triste. É angustiante ouvir/ler aquelas histórias dos miúdos com tanto pela frente a mirrarem em frente aos seus olhos, os pais em sofrimento inimaginável, a angústia do médico por não poder fazer mais. É um homem de um coração enorme. Ele vive cada história como se fosse a sua (mas, obviamente, não perdendo as capacidades médicas que lhe são exigidas) e conta-nos como foi. E doi-nos também.
É um livro cativante não só por estas histórias, mas também pelas referências à sua nacionalidade e respectivas características que sobressaem numa América muito heterogénia, a ligação com a enfermeira irlandesa, a inferioridade perante os outros irmãos e a responsabilidade do seu apelido, as suas experiências iniciais na sua profissão. Leiam. É pequenino quanto baste, lê-se muito bem, a escrita é bonita (tinha-me esquecido de dizer), as histórias são comoventes.
Admiro-o.
Orquídea
O livro é muito triste. O Dr. Nuno Lobo Antunes é neuro-oncologista pediatrico. Ou seja, é quem dá as más notícias, aquelas mesmo más, que envolvem crianças sem grande esperança. É muito triste. É angustiante ouvir/ler aquelas histórias dos miúdos com tanto pela frente a mirrarem em frente aos seus olhos, os pais em sofrimento inimaginável, a angústia do médico por não poder fazer mais. É um homem de um coração enorme. Ele vive cada história como se fosse a sua (mas, obviamente, não perdendo as capacidades médicas que lhe são exigidas) e conta-nos como foi. E doi-nos também.
É um livro cativante não só por estas histórias, mas também pelas referências à sua nacionalidade e respectivas características que sobressaem numa América muito heterogénia, a ligação com a enfermeira irlandesa, a inferioridade perante os outros irmãos e a responsabilidade do seu apelido, as suas experiências iniciais na sua profissão. Leiam. É pequenino quanto baste, lê-se muito bem, a escrita é bonita (tinha-me esquecido de dizer), as histórias são comoventes.
Admiro-o.
Orquídea
4 comentários:
Ofereceram-mo (ou pedi-o? não lembro :p) pelo Natal e concordo com tudo o que escreveste. Houve inclusive noites em que adormeci a chorar e a pensar no quão injusto é este mundo...enfim. :(
O livro deixa-te de facto o coração nas mãos mas, ainda assim, vale toda a pena.
Pedi-o emprestado à minha mãe e lembro-me que o li num ápice. Casos de vidas destruídas, que acontecem (aos outros), mas que nada nos garante que não nos batam à porta. Muito emotivo. Demorei alguns dias a recuperar de algumas das estórias.
Vem sempre o choro. É impossível não chorar!
Marisa: Ainda não o li... =x Ando agarrada a papeis que só falam de úlceras e doenças intestinais... (Papoila)
S-Kelly: Tenta o 'Fazes-me Falta', de Inês Pedrosa. Ando a divulgar o livro por tudo o que é canto. É magnífico! Já leste? (Papoila)
Sim, li-o há imenso tempo (deixa ver, vou connfirmar a data da compra...). Junho de 2002. Está todo sublinhado. E sabes o que escrevi na 1ª página? "simplesmente imortal. Não consigo arrumar o meu amor..."
Se gostas de histórias em que é essencial o outro para continuarmos a existir, entao lê "Cartas a Sandra" de Vergílio Ferreira, e depois discutiremos (gosto destas tertúlias virtuais) :-) um beijo às duas
Enviar um comentário