Theodore estava de vestido. Passeava-se pela praia, caminhando ao lado da namorada. Não iam de mão dada, mas olhavam-se curiosamente entre ondas que ameaçavam molhar a perna acima do joelho. Theodore, de peito esguio, mulher jovem, e a namorada, de braços fortes mas femininos, calças pretas dobradas até ao joelho e gravata descaída.
Faziam um par bonito. Theodore apanhava as conchas e a namorada, com traços e de um feminismo acérrimo perdido por entre os suaves jeitos de homem, guardava-as no saco de linho.
Ninguém sabe o que fizeram ao fundo da praia, quando olhos alheios as perderam de vista. Mas eu consigo adivinhar.
Papoila
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