quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Cardeal que calça 500€ fala de homossexualidade

'O ex-presidente do Pontifício Conselho para a Pastoral no Campo da Saúde, Javier Lozano Barragan, defendeu hoje que "a homossexualidade é um pecado" e que os homossexuais estarão privados do paraíso. O veto do cardeal está a levantar uma onda de protestos em Itália.'

'Em declarações à agência de notícias Ansa, esta quarta-feira, o sacerdote disse que a constatação de que os homossexuais serão privados do paraíso não é sua. "Mas, sim, de São Paulo" que, em carta aos romanos, fala de pessoas "impuras", abandonadas a "paixões infames", e, ainda, no martírio dos que "desprezaram o conhecimento de Deus".'

in Expresso, aqui

Não haveria notícia mais feliz. Nenhuma história de boa noite mais agradável e que me proporcionasse uma noite de sono mais calma e reconfortante. Meu Deus, como fico contente. Não caibo em mim.

Papoila

PS: Ia pôr foto do Ex. Sr. mas assustei-me quando a vi... Não quero tal cara por estes lados. Alguém me explica porque é que isto tem que ser assim? Não nos dão paz alguma. Estou cansada.

1 comentário:

Samica Alguém disse...

A verdade é que, deixar de ir para o paraíso, não é aí que reside o problema. Até porque antes de se afirmar alguma coisa nesse sentido é preciso partir do principio que ele existe e que existe o oposto e que se não se vai para um sitio irá-se para outro, e ainda que o paraiso é tudo o que há de bom e o inferno tudo o que há de mau. Eu não acredito nem numa alma que é castigada depois da minha morte e ainda menos acredito numa dualidade tão bem definida. Se basta um erro para se ir para o inferno então no paraiso, parece-me, não existirão lá Homens. O problema reside no facto de afirmações destas fazerem sentido para milhares de pessoas, e no dia a dia vamos encontrando algumas desses milhares de pessoas que numa acumulação conseguem fazer-me viver o inferno mesmo antes de morrer.
Mas já foi dito por aqui, muitas vezes o preconceito somos nós "que o criamos" e da mesma forma nos o "descriamos", e mesmo que existam mentes de pessoas, que infelizmente, têm um papel mais ou menos representativo na nossa sociedade, que nunca se deixarão desformatar existem também pequenas mudanças à nossa volta que me fazem crer que o pior já passou, fazem-me acreditar que esses discursos dogmáticos, quadrados, de uma visão unilateral, baseados em permissas tão rigidas e muitas vezes falaciosas, apenas afectam o milhar de pessoas mais pequeno. Como quando há uns meses ia no metro e uma criança perguntava a mãe alguma coisa sobre namorados e a mãe com a maior das naturalidades explicava que as meninas podem gostar de meninos e de meninas e que o mesmo acontece com os meninos, que as pessoas não escolhem de quem gostam. A mim fez-me sorrir e juro que nesse dia, nem aqueles comentários maxistas (e infelizes, diga-se de passagem) do "o que voces precisam é de homem" (a verdade a melhor foi quando nos disseram que precisávamos de homem com "h" grande, isso não é a maneira de falarmos precisamente de todos os Homens, como humanidade? enfim.) me afectaram um bocadinho que seja. Porque aquela criança agora, dirá aos seus amigos o que a mãe disse e eles dirão aos pais e esses talvez consigam aprender alguma coisa (acredito que para alguns será até a primeira vez que terão essa visão, e mesmo que desconstruam esse pensamento nos seus filhos, filhos de outro o terão!).
Enfim, contra aos ideais católicos haveria tanto a dizer, no meu ponto de vista, limito-me a dizer que se Deus é quem decide, é quem julga, então não lhe tentem roubar a função que para o desemprego já cá estamos nós, meros humanos.

Desculpem a invasão mas já sigo este vosso cantinho há algum tempo e hoje não resisti a partilhar a minha visão.

beijo ^^

s.*