É incrível como o corpo sucumbe à mente. Bem-mandados, à primeira ordem ficamos atarracados. Encolhidos até ao tutano. Acreditamos ser possível desaparecer sob nós próprios. O pescoço recolhe-se como o de uma tartaruga que espera ataque. Trememos de medo, suamos, batemos o pé, as pernas. Alguns de nós urinam. Os olhos espantam-se, o som parece dilatado e até o silêncio é ouvido. Boca seca, como que aspirada de tudo. E, reparem, é apenas a nossa mente. É ela que despoleta este quadro. Neste ponto há quem se julgue maluco. Quer andar e, as pernas, são pilares de uma inamovível construção. Quer falar e, dada a xerostomia, exala um estridor oco, staccato, desprovido de melodia.
E poderia continuar. Mas é esta a ideia…
Hoje apeteceu-me falar de medo. De pânico. Que sensações horríveis.
Papoila
1 comentário:
brrrr...
Isso lembra-me dentista...
Não urino mas quando ouço aquelas brocas a girar ando lá perto...
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