Seguindo os meus conselheiros literários internacionais, lancei-me neste romance turco. Mais uma vez, o tema do confronto entre religiões e culturas surge, num enredo muito bem trabalhado e complexo.
Asya, uma rapariga de 19 anos de Istambul, vive numa família de mulheres, em que as singularidades de cada uma das suas tias e a incógnita que paira sobre a identidade do seu pai se combinam com a vida peculiar da sua cidade e moldam a sua personalidade irreverente e inquieta.
Armanoush, do outro lado do oceano, é uma jovem americana da mesma idade que tenta compreender a sua identidade arménia ao mergulhar no passado da sua família, uma das muitas vítimas do negro e controverso confronto entre a Turquia e a Arménia no início do século XX.
Estas duas famílias, ligadas entre si no passado e no presente, são a base para um romance que se propõe a tocar em muitos dos pontos frágeis desta relação entre os dois países e culturas. Apesar do elevado número de personagens ser, por vezes, difícil de digerir, e as descrições extensas e esporadicamente desnecessárias, este livro é uma boa aposta para quem quiser conhecer um pouco mais deste passado obscuro dos dois países, da sua repercussão na vida de hoje em dia ou apenas para ter uma ideia da atual cidade de Istambul, das suas pessoas e vivacidade.
Andava desejosa de ler um livro turco e, talvez por isso, me entusiasmei tanto com este romance. Recomendo vivamente a quem gosta de enredos bem estruturados e surpreendentes.
Orquídea
PS: Ah, sim, este livro também tem personagens homossexuais, um gay e uma lésbica para ser mais concreta. São personagens muito secundárias que não considerei muito bem representadas. Pelo menos a lésbica, que das poucas vezes que intervém é para dizer mal dos homens. Pareceu-me uma visão muito limitada...
PS: Ah, sim, este livro também tem personagens homossexuais, um gay e uma lésbica para ser mais concreta. São personagens muito secundárias que não considerei muito bem representadas. Pelo menos a lésbica, que das poucas vezes que intervém é para dizer mal dos homens. Pareceu-me uma visão muito limitada...
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