segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Memórias

Perguntaram-me como eras. Sorri, geralmente quem sabe de *nós* já te conhece e não tenho a oportunidade de te contar o que vejo em ti.
A primeira palavra que usei foi "humilde". Expliquei-lhe que dás tudo por quem estimas e que te doi tanto quando não o vês de volta. Digo-lhe que não és má para ninguém, que apenas te doi.
Contei-lhe do teu amor pela Medicina, de como falas com os velhotes e com as crianças da mesma forma carinhosa e apropriada para quem vai exercer esta profissão. Disse-lhe que, apesar das tuas dúvidas quando a sobrecarga de trabalho não te mostram os resultados que querias, era exactamente ali que devias estar.
Falei-lhe da fotografia. Contei-lhe de como era uma grande paixão tua e como consegues tirar fotografias felizes, de cores claras e alegres, como também tens um olho diferente para olhar o que te rodeia e descobrires a melhor forma de o captar.
Falei-lhe do teu riso, aquele que contagia quem está à tua volta, aquele que dás a quem adoras e que queres fazer feliz. Contei-lhe da entrega que tens pelas amizades sérias.
Disse-lhe que tinhas as ideias no lugar, que tinhas tudo bem organizado na tua cabeça, que sabias responder a tudo e que, por isso, tinhas um enorme sentido de justiça. E que te custava muito quando as pessoas não o respeitam.
Tinha tanto para contar, meu bem. A E. acordou e criou nova conversa e achei melhor terminar por ali. Os dias passam e acrescento detalhes. De qualquer das formas, serei incapaz de te descrever inteiramente. É esse o grande mistério. É o meu amor.
Orquídea

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