segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Escrita

Leio-te cada texto. Corrijo-te ou chamo a tua atenção para pequenos pormenores. Digo-te que o terceiro parágrafo tem frases demasiado longas. Ou que não gosto desta ou daquela vírgula. Questiono o porquê deste termo e não de outro. Sugiro mudanças. Digo não gosto. Digo consegues melhor. E digo está perfeito, não lhe mexas mais. E, no meio de tudo, cresce o sonho de que um dia passarás mais tempo a fazer aquilo para que nasceste. Tens um jeito inato para as palavras. Há períodos em que andam esvaecidas, não lhes consegues dar o uso que tanto me deleita. São as preocupações que consomem a teia que usas para tecer as palavras e te tornam incapaz de produzir. Agora que tudo o resto está em standbye, regressaste. Regressaste vistosa, reluzente, como nos dias em que nos fomos atando uma à outra. E é tão bom reviver a tua escrita.

ao som de Be Be Your Love
Papoila

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