DO SOMETHING!
Se o vosso quotidiano fosse sistematicamente preenchido por uma companhia feminina absolutamente transtornada com a sua vida, o que fariam? Não transtornada de queixosa-quanto-baste e triste por motivos plausíveis. Falo de um espécimen do sexo feminino que se queixa de tudo o que tem e não tem, esbracejando a torto e a direito, suspirando em alto e bom som, quase como se de um rugido se tratasse, com uma frequência que roça o insuportável. Falo de um exemplar da raça humana em que nenhuma sugestão serve. Em que todas as soluções são erradas. Em que qualquer conselho, mesmo que solicitado, é logo posto de parte e criticado activamente. Em que num segundo pede ajuda e, no seguinte, te manda bugiar. Falo de um espécimen que fala alto de mais e que, quando abre a boca, direi que 70% do conteúdo temático versa sobre o quão má é a sua vida.
Oiçam - eu compreendo que a vida não sorri a todos. Compreendo que, decerto, há coisas que nos deixam tristes e derrotados. Compreendo que, enfim... nos sentimos muitas vezes sozinhos e abandonados. Pelos amigos, pela família, pelo hipotético amor da nossa vida. Que ninguém nos compreende e que os conselhos que gentilmente nos dão, nem sempre se adaptam à nossa situação. Compreendo que, em determinados períodos da vida, há certas coisas que nos dizem que nos irritam - simplesmente porque temos coisas mais prementes em que pensar... Eu própria já passei por isso e acredito que vós também.
Mas ser mal educada quando, no fundo, nos querem ajudar... é grrrrrahhhhhhh (agora sim, quem ruge sou eu). E é desagradável estar, a todo o momento, a ouvir comentários derrotistas mas senhores de si (como se possuísse o conhecimento do mundo e da vida que nem um 80genário possui). Isto, de uma miúda que, como o meu pai diria (e passo a expressão), 'Tem uma grande certeza no cagar!'. Whatever.
E ando eu a massacrar-me com isto...
Papoila