domingo, 31 de maio de 2009
Guligomas
Gula. E gomas.
Papoila
Continuo sem saber o que escrever nos titulos...
Tu sabes o quanto tenho para te dar. Talvez por isso te custe tanto quando, por momentos, tudo isso parece ilusão. Mas está cá, meu bem, sempre. O sangue não deixa nunca de correr.
(e desculpa-me este texto, mas a voz do Goucha e da Julinha do quarto ao lado não me deixam concentrar...)
Orquídea
Julie Delpy
Via-te nela. Em cada sorriso. Nos lábios que insinuavam ter muito mais por dizer. No final subtil de cada palavra. E, quando o beijou, senti-me na pele dele. Eram os teus lábios a cruzarem-se com os meus, no elevador. Alí na cadeira da secretária. O teu cheiro a trepar-me os sentidos acima.
Apaixonei-me por ti muitas vezes, ontem à noite. E, no entanto, não estavas ali.
Papoila
Birds (will) do it
Suspiro feliz.
Belo rádio, o meu.
Papoila
sábado, 30 de maio de 2009
Carta
Eu prometi-te uma pessoa perfeita. Eu quero dar-te essa pessoa perfeita e eu não correspondo tantas vezes ao que construo para ti. Sei que não me exigirás muito (é tudo verdadeiro, não é preciso acrescentar-nos nada...), mas preparo em segredo o presente ideal. Limo as minhas arestas, retoco as cores mais abatidas, preencho-me de ânimo, de imaginação, de disponibilidade, organizo tudo pela ordem que prefiras, recolho informação, estudo e esculpo-me para te dar a pessoa perfeita com quem mereces ficar. E espero o teu sorriso e o teu conforto.
E falhei novamente. Estilhaçou-se à tua frente (mesmo que o pudesse ter evitado quando o vi baloiçar) e tento arrumar os cacos e pedir-te desculpa, de olhos no chão, de voz arrastada e envergonhada. Cerro os dentes de dor e mordo-me por dentro. Não foi isto que pedi para ti. Não o mereceste. E não te posso pedir mais desculpas, já não acreditas que resolva alguma coisa. Mas eu quero resolver. Quero mesmo. Continuo a prometer-te a pessoa perfeita para ti. Hei-de lá chegar e não precisaremos mais de palavras feitas...
Espera por mim...
Orquídea
Será cara ou coroa?
Imortalidade
Persegue-se um carro de um conhecido entre os pilares de um estacionamento pontualmente habitado por outros automóveis. Curva-se como se o jogo continuasse no ecrã. Ofende-se quem tenta acalmar os ânimos e interromper a irresponsabilidade do momento.
Estas hormonas hão-de matar. Tempo, saúde ou algo pior. Não quero estar presente.
Orquídea
A different point of view
Rebarbados à solta
Analisando este caso de uma perspectiva médica: homem, caucasiano, entre os 25-30 anos, feio e desempregado, com antecedentes familiares aparentemente irrelevantes;
Prescrição clínica: sildenafil (viagra).
Pobrezinho. Tão novo e já com estas lacunas.
Papoila
Titanic: The Artifact Exhibition
O nome do Jack nem vinha na lista de mortos.
Colmatei a desilusão com isto.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Singularidades de uma rapariga loira #3
A forma como te deitas na minha cama quando, numa tarde esbaforida, regressamos a minha casa. Ligo o rádio antigo e vou mudando de estações, dançando e cantando para ti. Tenho consciência de que o meu corpo se move de forma desproporcional, às vezes fora de compasso, às vezes de modo tão desconexo que até a mim me assustaria. Mas olhas-me cheia de amor e dizes que gostas de mim... e o melhor é que consigo lê-lo, mesmo quando não mo dizes. Os teus lábios sorriem-me, de longe, suaves e genuínos e, quando atabalhoadamente exemplifico um dos passos de dança que de tão estranhos só eu consigo fazer, ris de forma tão pura que tudo para mim se justifica.
Papoila
Os planos não nos faltam. A cidade é imensa e os sonhos maiores. Há ruas estreitas e avenidas por explorar. Há museus permanentes e exposições que terminam amanhã. Há gelados e crepes. Há chás e bolinhos. Há roupa para experimentar. Há mosteiros e catedrais, há serras e praias. Há línguas e há culturas.
E estamos mais perto, meu bem. Estamos a crescer e eu estou a lutar por nós. Em breve, muito em breve. Eu vou conduzir-te.
Orquídea
Water Skin
Há em ti aquela coisa, escondida aos olhos de tantos e tão evidente para mim. Não lhes conto que a tens, não vás ser demasiado querida por quem não te merece. Mas essa coisa que tens, meu amor, cativou-me desde aquela vez em que cruzámos os olhares em pressa. Era Abril e já fazia o sol que hoje fez. Ias de saia comprida, aquelas de festival de Paredes de Coura, liberto de preconceito e preso de vida. Nesse dia namorei-te mesmo sem o saber. Sentiste?
Papoila