sábado, 1 de agosto de 2009

Carta nº 1

Li agora a primeira das sete cartas que deixaste para mim. Como são sete, tomei a liberdade de ler uma de 4 em 4 dias. A tua letra de primária aqueceu-me o peito. E a nossa simbologia, escrita desajeitadamente no final, com gatafunhos riscados (tão próprios de ti), fizeram a saudade espernear. A última página do caderninho que te ofereci, naquele ano tão complicado que passámos juntas e em que acabámos por triunfar, cada uma de sua forma e após muita luta, será guardada na nossa caixa.

Somos pequeninas, meu amor, mas somos mais do que a vista de muitos alcança.

Parecias-me triste quando a escreveste. Não está presente nenhuma das tuas piadas em que só eu encontro sentido. No final, um charlie's angel matreiro, para disfarçar.

Hoje Portugal está de tempestade, meu bem. Por aí o dia deve estar mais feliz.


Papoila

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