terça-feira, 31 de agosto de 2010

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Summer of '10 - A Desavergonhada

A propósito da Ribeira... Foi neste local que se deram as filmagens mais sensuais e atrevidas da nossa memória!
Estava a chegar ao fim o nosso tempo naquele sossego montanhoso. No dia seguinte partiríamos e não podíamos deixar de nos ir despedir da nossa ribeira. Ao final do dia, lá nos pusemos à estrada (a pé, claro!) até ao local. Deixei-me ficar nas escadas que davam para o sítio enquanto a Papoila saltitava de pedrinha em pedrinha para que eu lhe tirasse as últimas fotografias ali. Subiu as rochas, foi para junto da cascata, sentou-se na borda e ficou a observar a água. Imagino que as saudades tenham começado a apertar. Foi então que se levantou e, através do ecrã da máquina que eu continuava a apontar-lhe, vi que começava por tirar os sapatos, as meias, e o olhar permanecia naquela água que tanta vez a acolheu nestes dias. Ia saltar uma última vez! Agarrou na ponta da t-shirt, mas pareceu desistir da ideia. Estávamos ali sozinhas, já não ia aparecer ninguém àquela hora e eu ajudei à festa, gritei do lugar de onde estava "TIRA!". Sempre teria algo mais seco para vestir quando saísse da água. Ela sorria. De soutien e calções curtos, preparava-se para saltar. Era altura de filmar a acrobacia final. "ESTÁ A FILMAR!". Ela sorri, está feliz com a pequena extravagância que vai fazer. Olha para a água, com os pés mesmo à beira da rocha. E olhar para o lado. E volta a olhar para o mesmo sítio. Então? Não se decide?! "TENHO MEDO!" Grita de volta. Mau... Tanta vez que já saltou e agora é que está com vergonha? É por estar a filmar? "VÁ!" E ela volta a sorrir, é desta, vai saltar e *puff*, lá vai ela e eu filmo tudo, a delicadeza (ou não) do salto, a queda, a água a espirrar e a cabeça a vir à superfície, com o mesmo sorriso, e as braçadelas até à margem. Fim do filme. Mas ainda faltavam as acrobacias entre as rochas até chegar novamente lá acima, para se vestir e calçar.
Novo filme. Lá vai ela, com os gestos certos, de uma pedra para a outra, com a segurança que admiro, lá vai por ali acima, e eu vou filmando. Chega junto aos seus pertences e enquanto se calça, vou filmar, mais uma vez, a paisagem. Viro lentamente a câmara para a direita, para filmar a ribeira, as árvores gigantes, as escadas até aqui, onde estou, a fonte, e agora volto, de novo para a esquerda, um pouco mais depressa porque já filmei isto, pronto, lá está ela, quase pronta. Deixa cá fazer um zoom para ver o que está a fazer. Mas porque é que está agarrada assim ao soutien? Olha para um lado e para o outro, olha novamente, mas o que é que se passa? Não me digas que ela vai tirar o...? TIROU! Oh gawd, desliga, DESLIGA!

E foi assim que, sem querer, se fez um filme com nudez parcial da minha Papoila enquanto ela só queria vestir a t-shirt sem a encharcar. Escusado será dizer que este filme já não existe, foi formalmente exterminado após ambas termos confirmado a pouca vergonha hilariante da mesma gravação na segurança de casa.

Orquídea

Plingrafias II - A Ribeira

Encontrámos por lá o sítio ideal para descansar do estudo. Depois de uma tarde de trabalho, nada como ir para a ribeira dar um bom mergulho. Foi aqui que andámos a saltar de pedrinha em pedrinha, a tirar centenas de fotografias, a ver os peixinhos na água que brilhava por causa do granito das pedras por baixo, onde a Papoila se aventurou em saltos e, quando julgávamos que ela até já estava a aventurar-se demais, onde assistimos a acrobacias loucas dos imigrantes que por lá andavam. Uma coisa é saltar de uma altura de dois metros, outra é trepar a corda, subir para um ramo ainda mais alto e saltar de uma altura de cerca de 10 metros para uma zona que não é tão funda quanto isso... Felizmente, não tivemos de brincar aos médicos por lá.Aqui ficam, então, algumas fotografias deste pequeno paraíso.

Estão a ver a corda de que falei?

E lá ao fundo, a Árvore Que Não Acaba (assim baptizada por mim)

Orquídea

Summer of '10 - O Momento


Porque os há, em que sentimos que é exactamente ali que devemos estar.
Os nossos dias sozinhas por lá foram preenchidos essencialmente por estudo. A Papoila tem um exame em Setembro e eu tenho uma tese para desenvolver. Passámos várias horas de volta dos papéis, ela no estudo e eu, muita vez, de volta do livro sobre o qual acabei de escrever. E, ao contrário do que sentimos por cá em época de exames, sabia bem.
Sentada numa ponta do sofá, com a Papoila deitada e com as pernas no meu colo a servirem de apoio ao livro que leio, no silêncio da casa, de janelas abertas para que entre o ar da serra e o sino da igreja nos relembre as horas a passar, enquanto eu adianto o livro e a Papoila adianta o estudo. Era assim que devia ser sempre. Este conforto, para que haja paz de espírito. Não precisamos de mais nada. A nossa casa, os nossos horários, o nosso sossego. E aqueles momentos no sofá, em silêncio e nas palavras, vão ficar em mim. É só isto que preciso.

Orquídea

Combateremos a Sombra - Lídia Jorge

Ai, eu adoro Lídia Jorge. Vou tentar escrever este post sem me entusiasmar demasiado para parecer sério. Ora bem...
Queria ler este livro porque alguém me disse que a autora o considerava o seu melhor trabalho, que só agora conseguira ficar realmente satisfeita com o que escrevera. Andava a namorá-lo desde que saiu, mas o seu preço é proibitivo. Felizmente, encontrei-o na prateleira de alguém que teve a gentileza de mo emprestar para que a minha ânsia de o ler se acalmasse.
O novo romance de Lídia Jorge fala de um psicanalista, Osvaldo Campos, que, no início do novo milénio, se vê perante uma nova fase da sua vida, marcada inicialmente pelo divórcio e por algumas vidas que se vão emaranhando na dele. Não quero dar mais pormenores porque o livro é grande e há muito para ler antes de compreender a totalidade da história. Mas este livro tem de tudo. Tem a vida comum de Osvaldo, tem a vida incomum dos seus pacientes, tem Lisboa, tem romance, tem política, tem crime e tem uma escrita deliciosa que me faz pôr a história como interesse secundário. Novamente, a narrativa da Lídia Jorge tem algo de novo e diferente, tem um ruído de fundo que mal se nota e que vai crescendo ao longo do romance para surpreender no final. Voltei a apaixonar-me pela forma como fala das coisas mais simples, da beleza nas palavras, da inteligência da escrita. Devorei-o este Verão, durante as nossas férias, e soube tão bem. Continua, portanto, uma das minhas escritoras favoritas.
Diz ela; confidente, ouve como um vivo, age como um morto.

Orquídea

domingo, 29 de agosto de 2010

Plingrafias I - Fogos

Como vos dissemos, fomos meter-nos no meio do fogo. É impressionante. O cheiro a queimado permaneceu durante três ou quatro dias e não nos largava desde que saíamos da cama até nos deitarmos. Confesso que isso bastou para que o meu humor não estivesse no seu melhor... Ainda fomos ver os fogos uma noite de um ponto alto da terra, foi uma imagem violenta, imponente, assustadora. Felizmente, o fogo foi acalmando ao longo do tempo (ardeu tudo, não havia muito mais por onde arder - foi só a mim que isto lembrou a canção do Rui Veloso? - ), mas no Sábado ainda apanhámos um susto. Já estavamos deitadas quando toca o sino da igreja a chamar gente. Vestimo-nos à pressa e fomos ver o que se passava. Vimos muito pouca gente na rua, até que alguém lá nos disse que tinha sido uma brincadeira de muito mau gosto...

Deixamo-vos algumas fotografias que nos apertaram o coração. É favor clicar sobre as mesmas para as ver em condições.


Orquídea

Querido Pai Natal

Sempre fui uma miúda precoce (lol). Sei que ainda faltam uns meses mas também sei que não te importas. Sempre me disseram p'ra não deixar para amanhã o que posso fazer hoje - e eu sou bem mandada. Ambos sabemos o propósito deste post, mas vamos guardar isso no segredo dos deuses e fingir-nos despercebidos. Tenho sido uma menina bem comportada e não tenho feito mal a ninguém. Escovo os dentes com regularidade e como ervilhas, mesmo não gostando muito. Faço a cama todas as manhãs e, depois de uma educação anancástica (pobre de mim), até arrumo os sapatinhos paralelamente à cama. Sendo assim, gostava de receber como recompensa, um dos ítens da seguinte lista.

1. Uma máquina de fazer café expresso.
Já tenho um escritório, um quarto e uma sala. Falta-me uma máquinazinha para fazer café e receber as mais variadas gentes em casa! Assim o Sr. Pai Natal podia lá fazer a pausa, na noite de natal, e bebia um cafezinho. Veja lá se, com o sono, não choca com as renas num avião qualquer.

2. Um quadro enorme, em tela, com imagens minhas com amigos e orquídea, em tons de vermelho, laranja e amarelo.
Oh pah, ficava bem em cima da minha cama. Há uma parede enorme a precisar de ser preenchida! E assim o Sr. Pai Natal sabia a quem não devia dar prenda, que eles são todos terríveis!

3. Um mega kit home cinema, com leitor de DVDs e muitas (muitas) colunas.
Ai, isso é que seriam sessões de cinema lá em casa. Tenho cama e sofás para muitos. E o Sr. Pai Natal podia ir lá ver os vários filmes biográficos que passam em sua honra na época natalícia! Que tal?

4. Uma câmara de vídeo.
(suspiro) Não faltariam vídeos das mais variadas ocasiões. E assim podia fazer filmagens das minhas boas acções e o Sr. Pai Natal ficaria com a prova de que, para o ano, ainda teria que me dar uma prendinha mais bonita!

5. Uma liquidificadora.
Porque uma mulher anda bem é vitaminada e, uns batidos pela manhã, ajudariam nisso. E assim o Sr. Pai natal podia, na manhã de natal em que descansa do trabalho da noite anterior, vir avitaminar-se comigo! Boa?

6. Uma viagem algures pela Europa.
Para eu ver como é complicado fazer tantos quilómetros numa só noite e desejar nunca vir a ser Mamã Natal.

7. Uma bicicleta para BTT montanha.
Porque ando com falta de pôr os gémeos e o costureiro em forma, como um dia estiveram. Assim, para o ano, ajudava o Sr. Pai Natal a distribuir as prendas!


8. Um curso de SBV e SAV, através da faculdade.
Porque um dia ainda dá um enfartezinho ao Sr. Pai Natal que, a julgar pela barriga, tem alguns factores de risco. Né, Sr. Pai Natal? Ai esse Síndrome Metabólico...

9. Um curso de fotografia.
Porque o Sr. Pai Natal aparece desfavorecido em muitas das fotos que publicam e, sinceramente, eu acho que conseguia melhor do que isso.

10. Um curso de uma língua qualquer, das pouco conhecidas.
Porque o Sr. Pai Natal anda a ficar velho e vesgueta e assim eu podia ajudar a ler os pedidos de outros cantos do mundo.

11. Juízo.
Que soneca.
Vê, já dava jeito a máquina de café!


Papoila

Boiling hearts all along the blogosfere

1. Referir quem ofereceu o selo: Um quarto para duas =) Thanks gals.

2. Qual é o teu chá preferido? A Orquídea gosta muito do Chá de Natal de Ljubljana, eu gosto do de camomila (de preferência da do meu quintal). O chá de canela também não é nada mau.

3. Quantas colheres de açúcar costumas pôr? Muito açúcar... umas duas colheres de sopa. E, como sou eu que ponho o açúcar nas nossas chávenas, a Orquídea não tem muito a dizer neste ponto.

4. Passar o selo a 6 blogs. Mas hoje não passo a ninguém, sim? O cansaço dos 600Km de viagem pesa. Sorry. (Quero o selo só pra mim =])

Papoila

Terror Movie 'Silly Chicken Meat Prepare'

Hoje, cheia de boa fé, toca de arranjar um frango. Deviam ver a minha cara de estupefacção. Nem eu mesma acreditei em mim quando concluí que nunca ninguém me tinha ensinado a arranjar um frango! É verdade. E ali estava eu, sozinha, numa cozinha com uma mesa e o frango no meio. Literalmente. Um calor de morrer em choque hipovolémico de tanto transpirar. E penso:
Começo por separar a metade direita da esquerda ou vou já para os peitos e deixo o resto para depois? Oh meu deus que a faca não corta um cú, quanto mais uma articulação! Raios que parti o osso. Argh, tanto sangue que sai do osso, aliás, tanta medula! Blhac, já está a coagular. Trombina, fibrinigénio, fibrina... porque raio nao injectam heparina não fraccionada no bicho mesmo antes dele morrer? /Oh mana, tas a sujar a mesa toda de sangue!/ Olho para a mesa. Analiso. Salpicos de sangue everywere. Faço força para quebrar as articulações e é so clicks e claks dos ossos a partir. Duas asas já estão. Uffa! Dois peitos. Eu fui mesmo capaz? E o que é que faço ao pescoço? Nunca nunguém come pescoço... se calhar deito fora... alguém vai reparar? Pumba, menos um pescoço. Já agora ponho o canal anal no mesmo lugar. Pumba, menos um canal anal. Já só faltam as pernas. Ai, pernas, pernas... /Eu com cara de quem está a fazer força - não porque está obstipada mas porque não consegue enfiar a faca para dentro da articulação/. Pronto, pernas fora. E agora? Tiro a pele. Não tiro a pele. Tiro a pele. Não tiro a pele. Se calhar, como é para assar, não tiro a pele... E se tirar? Há um peito a que já tirei... mas foi sem querer. Humm. Não tiro.
Tempero o bicho e ponho no forno.
Agora já entendo o suicídio na comunidade franguísta.
Papoila

sábado, 28 de agosto de 2010

Summer of ’10 – As Noites Secretas da Papoila

Ora bem... Parece que a nossa caríssima Papoila sofre de amnésia de tudo o que se passa durante a noite. Foram várias as noites em que tivemos algumas peripécias interessantes dos quais não tem qualquer memória. Vejamos, então, alguns exemplos:

Noite #1: Devido a um mal entendido, ficámos sem casa na primeira noite. Para resolver o problema, tivemos de ficar essa noite no quarto da minha mãe, numa outra casa. O mais engraçado foi que encostámos duas camas e eu dormi no meio, entre a minha mãe e a Papoila... Mas não foi esta situação caricata que marcou esta noite. Ora bem, acordei a meio da noite com dores de costas e precisei de mudar de posição, virei-me de barriga para baixo. Assim que me instalo, a Papoila põe a mão nas minhas costas para me fazer uma massagem onde ela já sabe que me costuma doer. Foi um gesto muito querido da sua parte, mas digamos que o facto de a minha mãe estar a uns centímetros de mim, mesmo que a ressonar, não me deixou apreciar completamente o gesto.
Uns dias depois, quando lhe falei desta cena nocturna, não se lembrava de nada!

Noite #2: A meio da noite, o diálogo em voz ensonada:
P: Orquidea...
O: Sim?
P:hhmm...
O: O quê?
P: *sílabas em palavras incompreensíveis*
O: Diz lá...
P: hmm...
*vira-se para o outro lado e adormece*

Noite #3: Pouco depois de apagarmos a luz e tentarmos adormecer.
P: Orquidiazinha...
O: Sim? *aproximo-me logo, já prevendo nova conversa interessante*
P: hmm...
Aproveito-me e prego-lhe um beijo.
P: Não... Tenho muito oh-oh...

Noite #4: Como estava cheia de sono, a Papoila foi deitar-se um pouco mais cedo enquanto eu fiquei a ver televisão. Quando entro no quarto para me deitar... :
P: QUE SUSTO!

O: Oh, desculpa, assustei-te?
P: Que grande susto!
E volta a adormecer...

Noite #5: Depois de me deitar a seu lado, numa outra noite em que demorei um pouco mais a ir para o quarto, entrego os meus beijos de boa noite e, entre o sono já instalado e a preguiça de abrir outra vez os olhos, recebo como resposta ao miminho:
P: Amanhã vamos comprar t-shirts...

Noite #7:No silêncio da noite, a Papoila dá um coice.
P: Ouviste??

O: O quê? A tua perna?
P: Devo-me ter assustado no sonho e estiquei a perna... Como se estivesse no sonho...
And back to the sleeping state...

Noite #6: Já não me recordo de todas as peripécias, mas depois de umas quantas noites sem acontecimentos destes, na última noite repetiu-se a festa. Enquanto me ajeitava entre os lençóis, a minha almofada roça na parede áspera. Diz ela:
P: FOGO! Fazes tanto barulho! Eu depois fico preocupada...
O: Desculpa, fiz muito barulho, foi?
P: ......
Adormeceu e deixou-me sem resposta.



O que nos riamos, durante o dia, quando lhe contava da aventura da noite anterior! Não há nada como a doçura do seu sono a falar...

Orquídea

Summer of ’10 – Dias com a Família

É estranho, mas bom. Foram cinco longos dias em que tive de partilhar atenções entre a minha família e a minha flor.
São duas formas diferentes de viajar. Os meus avós, já com a idade às costas, preferem os passeios de carro, os restaurantes, as paragens nos cafés e as caminhadas lentas. A juventude gosta de andar muito e depressa, ver o máximo, tirar muita fotografia e aventurar-se. Gosto muito das viagens em família e dos passeios com a Papoila, mas em conjunto… é uma mistura complicada de gerir.
Correu tudo bem! Os meus avós andaram deliciados a contar piadas e peripécias da vida passada à minha florzinha, que os ouvia com a maior das atenções e carinho possíveis. Dava gosto de ver. A minha mãe até já tinha pena dela por ser a nova confidente do meu avô. Apesar de terem tornado as “férias com a amiga” em “férias com a família onde, por acaso, a amiga também está”, fiquei contente com a forma como tudo correu. E mais ainda (aqui só entre nós) quando chegaram sãos e salvos a casa.

0=)

Orquídea

Summer of ’10 – O Carro… ou não!

Tudo começou no fim de tarde de sábado, catorze de Agosto. A Papoila chegou a minha casa, trazida pelos pais que insistiam em falar com a minha mãe, que nos acompanharia naqueles primeiros dias pelo Norte. Julguei que seria apenas para acertar pequenos detalhes, até que a mãe da Papoila pronunciou o temível: “Não gosto muito da ideia de elas ficarem lá com o carro…”

NÃOOOOOOOOOO!

Pronto. A minha mãe, que tanto trabalho me deu para a convencer a deixar lá o carro connosco, arranjara uma cúmplice. Os pais, os avós e mais algumas pessoas a quem foi solicitada a opinião, estavam contra a ideia. Resultado: fomos todos no mesmo carro de 7 lugares, a minha família regressou nesse mesmo carro, demos uso às nossas belas pernas durante a estadia por lá e os pais da Papoila encarregaram-se de nos ir buscar mais tarde. Não houve direito a passeios mais longínquos pela zona ao final da tarde, não houve visita ao Porto no regresso (ainda não foi desta), nada de Noites Ritual, enfim. Cortam-se uns planos, mas criam-se outros. Apesar de tudo, não sentimos grande falta do carro. Sabemos aproveitar o tempo que temos.


Mas cheira-me que vou pedir um carrito como prenda de final de curso…

Orquídea

Voltámos!

Pois é, duas semanas depois, estamos de volta! Não julguem que foi fácil ficar longe deste cantinho durante este tempo, mas valeu bem a pena. Muitas peripécias e muitas mudanças de planos ocorreram, mas, como prometido, vamos partilhar as nossas aventuras por aqui. Preparem-se para uma imensidão de posts para compensar estes dias em silêncio! É bom chegar a casa.

Papoila e Orquídea

sábado, 14 de agosto de 2010

Indo Três Indo Três a Caminho do Gerês*

*não seremos três, mas sim cinco, só que a rima estava a chamar por mim!

É já amanhã!

Deixamos já o aviso de que, possivelmente, não teremos acesso à internet por lá e, por isso, o blog é capaz de arrefecer um pouco nas próximas duas semanas. De qualquer maneira, garantimos que estará no nosso pensamento e no nosso coração! Até ao nosso regresso,

Papoila e Orquídea

Ressonância Magnética

Ontem fui fazer pela primeira vez uma Ressonância Magnética. Para além de me ter feito alguma impressão sentir o contraste a entrar-me pela veia (como futura médica, que terá de tirar muito sangue nos próximos meses aos doentinhos, começo a preocupar-me com o facto de me impressionar cada vez mais ao ver injecções destas...), a experiência de estar dentro daquele aparelho deu-me para ter os mais variados pensamentos enquanto esperava pelo fim do exame.

Para quem não sabe, a máquina de RM faz barulhos esquisitos. Uns tum-tum-tum ou pipipipipi irritantes. O mais curioso foi que, enquanto ouvia aquilo, em vez de pensar na poluição sonora que seria, dei por mim a imaginar uma música de Nine Inch Nails com a voz do Trent Reznor por cima a cantar alguma letra de revolta e um concerto cheio de gente a bombar com aquele ritmo mecânico de fundo. E depois os barulhinhos mudaram de frequência e dei por mim, agora, no fim de uma música de Chemical Brothers, com mais público a delirar com o som psicadélico da máquina de ressonância. E é assim que uma pessoa se entretém durante os 25 minutos que me disseram que demorava o exame: a chegar à conclusão de que gosto de coisas estranhas. Até do ruído da máquina de RM. Cá para mim devia ter feito a ressonância à cabeça também...

Orquídea

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A Dança

Your sunset

Reparei hoje que já cortaram a árvore que acabou com a tua vida, meu bem. Aquela já não leva mais ninguém, descansa.

Papoila

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Our Vacation Spot

Na mouche!

Desejem-nos sorte que no domingo vamos para o distrito com mais incêndios registados e por controlar em Portugal.

Papoila

Ténis MariaRapaz

Eu achei-os bem bonitos (e muito estilo Ellen), mas os meus pais disseram que devia haver qualquer coisa mal comigo por querer experimentá-los.

Ui.

Papoila

B' Advisory Department

I did.

Papoila

Nelly knew dot com

Aqui. A verdade é que o 'migo Nelo sabia o que ia acontecer. Pelo menos aqui por casa assim foi - cuequinha e soutien.

42ºC é para os da sauna... eu cá prefiro gelo!

Papoila

Tenho dói-dói

Ok... no amor, para além de se partilharem as alegrias, partilham-se as mágoas e a dor. Mas, meu bem, temos mesmo que partilhar a dor de costas?

Num quéru! Snif ='(

Papoila

Auch

Pai: Então na imagem de fundo do teu telemóvel tens uma fotografia de ti e da tua amiga em vez de uma da tua família?

Eu: ... [Ops!]

Papoila

As 10 coisas que tenho que fazer antes de vir do Gerês

1) Levar-te o pequeno almoço à cama.
2) Tomarmos chá na varanda e ver as estrelas.
3) Mostrar-te um dos parques florestais mais bonitos do país.
4) Levar-te a uma lagoa com cascata.
5) Fazer-te um jantar romântico.
6) Levar-te a almoçar verdadeira comida minhota.
7) Oferecer-te um ramo de flores apanhadas na serra.
8) Fazer um piquenique e apanhar amoras silvestres.
9) Dançarmos um slow, finalmente sozinhas.
10) Fazer-te sorrir. Muito e todos os dias.

Papoila

Amo-te

Porque sabes que ponho sempre o pão dentro de um saco de plástico da secção das frutas. E não te importas com isso.

Papoila

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

My lovely mirror

Lembro-me dos dias em que te conheci e, para avivar os sentidos, ponho The Gift a tocar. Serão sempre estes acordes que me recordarão com exactidão os meus lábios a aproximarem-se de ti, assustados, pedindo autorização para se ousarem.

Nesse dia ouvimos a Sónia a cantar junto ao Tejo, na companhia de uma estrangeira que se nos juntou e que, ao contrário de nós, sabia exactamente o que se estava a passar connosco. Havia ali um clima pouco usual.

Senti, pela primeira vez, a opressão de não te puder beijar desmedidamente. Bastava-me olhar para ti e a frustração expandia-se, tanto que até o estômago se ressentia e as pernas tremiam. Sensação estranha a de querer tanto uma pessoa e, ao mesmo tempo, não nos permitirmos a isso.

Papoila