sexta-feira, 31 de julho de 2009

Saudade em gente de coração mole

Meu amor, como gostava de poder ter sido a tua companhia de viagem. Ter visto o nascer do sol, no avião, com a minha mão a brincar com a tua. Ter sido eu a visitar contigo o museu que a nossa querida P. recomendou. Eu a abraçar-te para não teres medo do mar de rapazes intrometidos do hostel que hoje te dará dormida. Quem me dera ser eu a partilhar as migalhas de bolacha que vais comprar no supermercado mesmo à frente. Quem me dera estar presente para te dar o beijo de boa noite, desviar o cabelo do pescoço para encostar a minha cara. Segredar-te que o dia seguinte vai ser ainda melhor que o de hoje. E que não estás em Paredes de Coura mas não importa. Quem me dera ser eu, meu amor. Quem me dera.

Papoila

1 comentário:

s.kelly disse...

Por muito que doa a distância e a ausência, é importante olhar para elas como se de acessórios do amor e da relação se tratassem. Considero-os ingredientes fundamentais para que tudo cresça e se intensifique dentro de nós, para que percebamos que, por vezes, a distância encurta palavras e sentimentos.
Eu passei há uns anos uma situação identica quando a pessoa que amava decidiu partir para África, num serviço de voluntariado humanitário e, por isso, sei bem o que voces sentem!
Vais ver que o tempo acaba por passar rápido.
Um beijo grande