quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Só porque me ri com isto.

Orquídea

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Viagens


Ai, meu bem, estou ansiosa para poder viajar contigo. Já escolheste o destino?

(E sei que és a melhor companhia para viagens quando nos nossos passeios decidimos entrar nas mesmas lojas de souvenirs e te cansas da brincadeira exactamente na mesma altura que eu.)

Orquídea

Mãos no Volante

É em momentos destes, em que conduzo apenas contigo a meu lado, com a tua mão escondida no fundo da minha nuca quando o momento é propício, a liberdade de ir, o silêncio só nosso e os sorrisos pacíficos, que sei que posso ser feliz.

Orquídea

Singularidades #11

Como me pedes para tirar o passe de metro da mala quando ainda nos falta passar a rua, atravessar o estacionamento, descer as longas escadas do metro e chegar à máquina para comprar mais viagens.

Orquídea

Crepe


Temos tido alguma dificuldade em arranjar tempo e sitio para satisfazer o desejo do requinte por um crepe destes. Fica aqui um, para comer com os olhos.

Alguma sugestão de lugar com crepes assim?

Orquídea

Campanhas

Estou farta farta destas campanhas. Fazem-nos de parvos. Soube bem saber que a campanha para as legislativas já tinha terminado, mas depois apercebi-me.
Vamos ter duas semanas de campanha autárquica. E depois disso... Meses de campanha natalícia.

Acho que vou desligar a televisão.

Orquídea

sábado, 26 de setembro de 2009

Sobre o Aniversário

Há aniversários e aniversários. Para certas pessoas, vagamente conhecidas, uma pequena mensagem poderá bastar e um esquecimento até pode nem nos preocupar. Para aqueles amigos Amigos, que nos emocionam por estarem a nosso lado, tentamos festejar o melhor possível com eles, dar os parabéns da forma mais bonita e verdadeira, oferecer algo original, cúmplice da amizade, significativo. E depois, um dia, surge aquela pessoa a quem nem isso chega. É preciso tudo.
Eu queria dar-te o melhor. Mais do que a qualquer outra pessoa. Algo que te fizesse saber tudo o que sinto, o quanto és para mim, única e insubstituível. Porque o merecias, porque te queria feliz, mais do que nunca. Cada vez mais. E, por isso, procurei tanto. Sabia o que te alegraria, mas também sabia a tristeza que certas coisas te dariam e eu não queria nunca ter um pequeno factor de tristeza no que te oferecesse. Tinha de ser perfeito.
Procurei e deixei os dias passar. Atrasei-me porque, enfim, esqueci-me que a perfeição não se encontra assim. Mas tu não precisavas disso, só precisavas de mim e de um carinho que não fui capaz de dar por te querer demasiado.
Foi só preciso um pouco mais de atenção. De recordar-nos há uns tempos atrás, quando nos doíam os músculos da cara de tanto sorrir, e, a partir daí, foi tão simples. Como tu dizes, não pedes assim tanto.
Levei-te a "Paris" e foste feliz comigo de novo.

Orquídea

Curiosidade

Porque será que agora já ninguém tem a delicadeza de dizer "Santinho!" depois de alguém espirrar mas optam pela nova versão "Gripe A!!"?...

Orquídea

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sono


Doentinha, aninhas-te na cama, por cima do cobertor, numa tarde de sol. Preparo o chá, desligo o portátil que os teus olhos já não aguentam e sento-me a teu lado. Lembro-me da primeira vez que te vi assim, adormecida.
Estavas muito cansada, nesse dia, as noites andavam a ser agitadas e as manhãs exigentes. Estavas feliz. E eu também, que te tinha descoberto e tinhas acabado de me dar uma força nova e poderosa para os meus dias. Para a minha vida, aliás. E quis agradecer-to tantas vezes nesses dias, quis dar-te o (meu) melhor. Trouxe-te a casa para descansares um pouco e quis mostrar-te uma música de que gostava muito mas que nem se aplicava ao ambiente de silêncio e calma que gostarias. Mesmo assim ouviste e, aos poucos, encostada nas almofadas junto ah parede, próxima de mim, aconchegada no meu braço, fechaste os olhos e adormeceste. E fiquei ali, enternecida, a olhar para ti.
Tão bonita, meu bem, que não soube medi-lo, não soube controlar o amor que senti pela tua figura a invadir-me. Quis ir apagar a música, envergonhei-me por te ter deixado adormecer com aquele grande batuque de fundo, queria ter-te dado uma música mais apropriada. Não pude ir desligar, o meu braço tinha uma grande importância debaixo da tua cabeça. Deixe-me estar. A olhar-te a dormir. Feliz, tão feliz. Sem imaginar o que nos aconteceria algum (pouco) tempo depois.
Adoro ver-te a dormir. És a coisa mais bonita e fofinha que já vi. Dito por outras palavras!

Orquídea

Aniversários


Gosto quando fazes anos. Gosto de te surpreender, de te mimar. De arquitectar os teus presentes, personalizá-los à tua altura. Gosto de jantar contigo, de ver o teu sorriso, de quando choras a rir.

Mas detesto quando faço anos. Só quero que passe depressa. Fecho os olhos e desejo que seja o dia seguinte.

Papoila

Meu querido avô,

já foste para longe, mas ainda te vejo no sofá, com o jornal na mão trémula. Ainda adivinho os teus braços fatigados, apoiados nas pernas vagas, segurando aquilo que te mantinha ligado ao mundo (sempre achei que a leitura era uma das tuas maiores riquezas). Já não saias de casa. O teu corpo não te autorizava, não te concedia a força... e assim te ficaste. Meses corridos na varanda coberta, vendo os raios de sol a entrarem por entre a videira que tanta sombra deu aos teus netos. Os teus netos, meu avô. Os teus catorze netos, que tanto te gostavam. Estiveram longe enquanto partias, deixaram apenas o teu corpo ir. Há esta maldade inocente no corpo de um jovem. De querer viver tudo, de ser egoísta, de não saber parar e ficar. De ter a efervescência do movimento no sangue... da aventura e da emoção. Não lhes aguentavas a maré agitada. E eles não suportavam a tua inabilidade, a tua condição de velho. Mas gostavam-te.

Criaste uma família muito bonita, avô. À qual me orgulho de pertencer. Uma família que se junta e que partilha. Que considera todos. Que ajuda. Uma família que se conhece bem e que se junta. Que conversa horas a fio. E que, apesar de enorme, sempre se manteve una.

Cuidem bem da vossa avó. E cuidaremos, avô. Vai em paz.

Papoila

domingo, 13 de setembro de 2009

Danças de Salão

Há décadas na lista dos meus to dos...
Papoila

sábado, 12 de setembro de 2009

Como lhes dizer

que têm uma filha homossexual?
Papoila

The Cure, LoveSong

Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am home again
Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am whole again
Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am young again
Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am fun again

However far away I will always love you
However long I stay I will always love you
Whatever words I say I will always love you
I will always love you

Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am free again
Whenever I'm alone with you
You make me feel like I am clean again

However far away I will always love you
However long I stay I will always love you
Whatever words I say I will always love you
I will always love you
Papoila

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Avô

Ainda não sei o que é despedir-me de alguém porque tem que ser. Quando não resulta pedir para ficar mais um pouco, para ir no próximo autocarro, para esperar mais umas horas. Quando não há tempo para dizer gosto muito de ti ou desculpa não ter sido diferente. Quando fica um carinho por dar. Quando fica um lugar para visitar, um daqueles a que tu querias mesmo ir e ao qual ninguém te conseguiu levar. Também já não conseguirias, avô, o teu corpo já te prendeu. Mas, nos sonhos avô, sei que lá foste.

No fim, ficará guardada a frase que mais te ouvi dizer 'Cuida bem da tua avó...'. E eu penso se isto não é uma declaração de amor. Acho que é.

Papoila

Wicker Park

'O Apartamento'
trailer aqui

Um filme para te sentires frustrada, enraivecida, apaixonada, feliz, frágil, insegura e... a decidires se acreditas ou não em finais felizes.

O filme está perfeito. Ela é lindíssima (e ele não lhe fica atrás).

Papoila

Louçã e Sócrates, Bastidores


Isto vale a pena ver.
via Diário de Notícias
Papoila

sábado, 5 de setembro de 2009

Tu

Foste quem vi primeiro. Vinhas tão bonita só para mim. Trouxeste o vestido alegre e os olhos atentos. Sorriste, ligeiramente, como apenas te confortando por saberes que estava bem. E eu amei-te.
Tinha tantas saudades da tua pele. A mão insistia em prová-la, em sentir a tua face bonita e aninhar-se ali, junto à esquina da mandíbula, aquecida e amorosa. Sorri-te, sempre. Sorriste-me, mais. Demos as mão quando não deviamos, beijámo-nos mais do que a sorte poderia deixar. Somos felizes. Os corpos consolam-se e as palavras têm nova companhia.
Não sei o que seria de mim, de nós, se não tivessemos tido estes dias. Incompletos, é verdade, faltou-nos um pouco mais de nós, apenas nós, mas ainda assim bonitos. Vimos paisagens incríveis, estivemos em sítios novos, matámos saudades de lugares antigos (como o lugar atrás da orelha), e sentimo-nos de volta. Juntas, como devemos estar sempre.
Ninguém nos vai tirar isto, meu bem, somos fortes, crescemos juntas e somos puras.
Cada vez mais lamechas, cada vez com menos vergonha.

Orquídea

Singularidades #10

Como consegues lavar as mãos tanta vez num curto espaço de tempo. Como cada toque de dedos em qualquer superfície a caminho da cozinha é suficiente para termos de voltar atrás e lavar de novo. Como demoras muito mais tempo que eu a lavar as mãos, com muito maior eficácias que eu (podes ir para Cirurgia, eu, está visto, não). Como me fazes não importar e sentir-me bem mais limpinha depois de cada lavagem.

Orquídea

Contei-lhe

Conheci, nesta viagem, entre várias pessoas, uma rapariga em particular. Muito bem disposta, com humor, sonhadora, muito inteligente e com quem adorei conversar. Falámos de tanta coisa e uma das coisas de que mais falámos foi da sua religião, o Islão. Muito religiosa, cumpre as três rezas diárias de viajante, cumpriu o primeiro dia de Ramadão (como viajante, não é obrigada a fazê-lo) e fala da sua religião com muito amor, explica, mostra o quão semelhante pode ser em algumas mensagens relativamente a outras religiões - é amor - e confessa que é através da religião que se sente mais próxima do que procura.
Conheci muita gente diferente, mas aproximei-me de duas ou três pessoas em particular e, uma delas, foi esta rapariga. Senti uma boa amizade a ser criada e estimada e, especialmente por isso, quis contar-lhe. Não precisava, não íamos ficar juntas por muito tempo e não tenho de lhe contar da minha vida. Mas queremos partilhar certas coisas que nos são importantes com pessoas que acreditamos que merecem. E senti-me por vezes falsa por não ser completamente honesta. Já antes tinha perguntado discretamente a sua opinião sobre o tema. Compreendera que não era um tema fácil, mas não fui capaz de me conter. Demorei. Mas contei-lhe.
Foi, como esperado, uma reacção diferente de todos os outros amigos com quem já tivemos a mesma conversa. Ficou em choque, como me disse, tinha o mundo muito seguro e de repente surge isto. Sempre fugira do tema, mas agora estava ali. Não sabia o que dizer. Tentei mostrar-lhe o quão semelhante pode ser, o quão verdadeiro e puro. Contei-lhe por palavras doces. Fez perguntas directas com difíceis respostas, mas fiz o que pude para lhe deixar à vontade. Não ficou, claramente, à vontade. Não era capaz de deixar de pensar que era uma rapariga, apesar de todas as descrições de amor soarem verdadeiras. Comentou um livro que andava a ler, também com a mesma temática. Esforça-se por compreender toda a gente. Disse-lhe que esperava não descer degraus na sua consideração e ela diz que seria incapaz de o fazer. A voz treme-me em toda a conversa, não sei quais as melhores palavras, mas compreendo que precisa de ficar a sós, que talvez se sinta ameaçada por mim. Peço desculpa. Saio, amanhã será um novo dia.
Os restantes dias até à despedida decorreram normalmente, sem voltarmos a tocar no assunto, com as brincadeiras e a cumplicidade do costume. Chegou a altura da despedida e o abraço que esperava. Tive medo daquela despedida, de sentir que seria mesmo o fim desta amizade por ela não tolerar esta ideia. Não senti no abraço dela a saudade futura que gostaria. Talvez apenas por medo de não o sentir, talvez por não ser dela estes carinhos, talvez, quem sabe, por não estar mesmo lá essa saudade.
Voltei há seis dias e não soube mais nada dela. Estou à espera. Ela é uma rapariga inteligente, confio na sua capacidade de compreender o que realmente importa. Eu espero.

Desculpem a longa conversa, mas penso que também é importante para todas estas histórias. Quando receber notícias dela, eu aviso.

Orquídea

Sweet September

Meu amor, Setembro chegou!
Falta uma semana para o nosso regresso!


E para os nossos planos, passeios, espectáculos e explorações à capital. Regressou o tempo, o espaço, a liberdade, o amor livre de olhos inquisidores e controladores!

Smile! We're back!
Papoila

The Return

Ela está de volta.

Todos olhavam para a saída de passageiros, à espera de um cabelo loiro e de uns olhos cansados. Fui eu quem os viu primeiro, não te conhecesse todos os perfis. Ao meu sinal, tua mãe correu para ti, abanando o peluche barulhento. Mais tarde disseste-lhe que te envergonhava seres recebida por tal aparato, mas brincavas... sei o quão lame consegues ser. Eu caminhei atrás e, após os habituais cumprimentos à família, abracei-te como se estivéssemos sozinhas. Um abraço dqueles apertados e longos. Daqueles que sabem ao primeiro. Mas não disse nada. E ali estávamos, reunidos. Eu em silêncio, incapaz de participar na conversa, a tomar consciência de que estavas efectivamente ali.

Passámos uma semana exaustiva. Para aqui, para ali. Sempre acompanhadas ou, quando não acompanhadas, em lugares impróprios para algum carinho ou maior intimidade.

Mas soube muito bem. Namoro à século XVIII. Oculto mas real.

Papoila

Pros and Cons

Quando estamos longe, o que sentimos maior falta de Portugal é:

Caldo Verde e as restantes sopas
O oceano e a praia com areia
A nossa (boa) música

E assim que chegamos apercebemo-nos de que não sentíamos a mínima falta de:

Jornalismo da TVI
Gente mal criada que arrota alto no autocarro
Cara do Paulo Portas a dizer que cada vez mais gente pensa como ele (e restantes políticos)

Vale-me sempre alguém que me lembra o que estou aqui a fazer.
Casa. Contigo.

Orquídea

De Volta

Nota-se mesmo que temos mais que fazer do que escrever no blog, não é?

Matar saudades sabe bem.

Orquídea