sábado, 24 de agosto de 2013

Pessoas


Que saudades de pessoas, das minhas pessoas. Que saudades de nos sentarmos a conversar com tempo, de pôr a conversa em dia, de saber de como a vida corre, do que se passa e não se passa. De recordar e de refletir. De abraçar. De desabafar e de levar na cabeça quando tem mesmo de ser. 
Tinha saudades vossas. Tinha saudades do prazer de vos ter por perto e de vos ouvir. Até às quatro da manhã.
Gosto muito das minhas pessoas. Hoje sinto-me mais em paz.

Orquídea

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

"Como é que tu lidas com este Édipo?"

Perguntou-me a minha colega, durante a conversa
É que, realmente, isto é difícil de lidar. Andar a estudar o que o Freud e os que lhe seguiram teorizaram sobre a sexualidade, nomeadamente, a homossexualidade, é algo que deixa uma pessoa inquieta. Hoje, então, li esta pérola: "É incontestável, por exemplo, que se a homossexualidade remete para uma dificuldade de escolha de objeto sexual, coloca ao mesmo tempo o problema da constituição da identidade sexual do indivíduo."

Enfim, é ler, estudar, interpretar tudo isto em contexto histórico e social e tentar que a minha vida pessoal não interfira com a minha aprendizagem, mas que me garanta a capacidade de questionar.

Orquídea

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

O Armário no Trabalho

“The notion of leaving a big part of your self at home and walking into work is like walking around with two types of shoes on”
lido aqui 


No outro dia, uma colega de trabalho perguntou-me se eu tinha namorado. "Namorada", corrigi. Sorriu-me e fez-me várias perguntas. Os teus pais sabem? Achas que agora é uma moda? Alguma vez sentiste atração pelo sexo oposto? Já contaste a alguém do serviço? E por aí fora. Apesar de algumas perguntas e comentários ("se calhar existe mesmo a bissexualidade") aparentemente disparatados, foi uma conversa boa e importante. Tanto da minha parte, por ter percebido o que posso esperar do serviço onde estou e das pessoas que nele se incluem, como para ela, que quis saber e compreender melhor. Fui bem aceite.
Aos poucos, vou revelando a alguns internos com quem me dou mais, de forma espontânea e (aparentemente) despreocupada. Gosto muito de onde trabalho e das pessoas, não quero refugiar-me num segredo e perder a oportunidade de me ligar por receio de sair do armário. Não tenho intenções de andar de bandeirinha na mão, mas quando tiver que contar, conto. Já está decidido que não minto mais, hei-de omitir quando for adequado e revelar quando oportuno.
Sinto-me em boas mãos. Tenho uma orientadora que, em resposta a uma pergunta falsamente ingénua da minha parte, respondeu, "a homossexualidade não é uma doença!", com alguma preocupação no rosto por suspeitar que eu não tivesse já isso como dado adquirido. Um dia terei de lhe dizer que vou de licença de casamento e saberá que há duas noivas.
Próximo teste: o nosso aniversário calha precisamente no dia do encontro nacional de internos, algures no norte do país. Os meus colegas estarão lá todos, assim como a Papoila, que levo comigo para celebrarmos o dia. Veremos como corre.

Orquídea

PS: Enquanto procurava uma imagem decente para este post, encontrei um artigo muito interessante, ora vejam .

domingo, 11 de agosto de 2013

Cedemos à laranja


E a Papoila já está a entrar em pânico porque não tarda nada acabamos de ver a série e já só há mais em 2014. 
Uma série que surpreende, que tem mais a dizer do que apenas umas graçolas sobre mulheres na prisão, como à primeira vista parece. Há tanto mais. Tanto que nos sentimos frustradas com a má qualidade do nosso computador e de algumas falhas no nosso inglês para conseguir apreender tudo o que é dito, porque há muita coisa que sentimos que é importante e que nos passa um pouco ao lado. Vale mesmo a pena.
E, sim, esta dupla tem qualquer coisa de especial...



Orquídea

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Cabe-me informar-vos

O cinema ao ar livre de que vos falei foi cancelado.

Mas não desesperem! Acabei de saber de outro ciclo, desta vez para apreciador@s de Sci-Fi. Quartas no Campo de Santa Clara. Interessad@ds?

Orquídea

sábado, 3 de agosto de 2013

Sessão da Noite: Random

Vamos lá atualizar a lista dos filmes entretanto vistos.


Há algum tempo que vimos este filme, numa altura em que quisemos conhecer melhor a Judy Garland. Esperava um musical sobre o mundo da fama, once again, mas surpreendi-me. O que começa por ser um filme bem disposto, idílico, em que tudo parece correr bem, torna-se num história bem mais realista e dura, que nos traz de novo à terra. Gostei muito, especialmente do retrato da relação entre o casal.


Saindo um pouco da lista do costume, vimos Hysteria, sobre o surgimento do primeiro vibrador num contexto médico, para o tratamento da popular histeria feminina da altura. Um filme simpático que nos conta um pouco do contexto histórico da, na altura, doença psiquiátrica e da sua ligação com a posição da mulher na sociedade.


Seguiu-se um filme da temática favorita da Papoila (a seguir às comédias românticas): WWII. Este filme polaco retrata a história real de um grupo de judeus que, para se protegerem, se escondem no sistema de esgotos da cidade, sendo ajudados por um polaco que por lá trabalha e que aproveita a oportunidade para ganhar algum dinheiro com a situação. Gostámos muito do filme, que transmite bem a violência e crueldade da altura, o desespero de quem só quer sobreviver e a forma como as motivações de cada um se podem transformar. 


Por fim, vimos este filme do realizador finlandês Kaurismäki, Le Havre. Conta a história de um engraxador em Le Havre, uma cidade costeira na Normandia, que procura ajudar um miúdo que se encontra fugido por imigração ilegal. Um filme bonito, que decorre de forma lenta, com cores muito fortes e bonitas (para quem gosta de apreciar o cinema de uma perspectiva mais estética, recomenda-se) e ternurento. Gostámos!

Orquídea

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Despair for YYY

Desde que os vi em palco há uns bons anos em Paredes de Coura que fiquei fascinada com a banda. Foi um concerto surpreendente e único e do qual nunca me canso de recordar. Sempre aguardei ansiosamente que a Karen O regressasse a Portugal. Este ano, lançaram um album novo que volta a lembrar-me o quanto os quero ver outra vez. Especialmente depois de ouvir a nova música.  


Ai deles que não ponham cá os pés no próximo ano.

Orquídea