Energia Positiva rocks.
Orquídea
"Estão abertas, até Abril, as candidaturas para quem queira publicar na terceira colectânea ‘Tangas Lésbicas’. Depois de duas edições anteriores – a segunda sairá em papel em Junho deste ano – continuam a procurar-se contos originais de temática lésbica, que devem ser escritos em língua portuguesa, por mulheres.
A editora Tangas Lésbicas está a recolher textos candidatos a figurar na próxima edição da colectânea com o mesmo título, que deverão ser enviados por e-mail para o endereço tangaslesbicas@gmail.com.
Reservando-se o direito de escolher os contos a publicar, a Tangas deixará de fora “contos que não sejam originais e cujo conteúdo não tenha qualidade suficiente”. Em contrapartida, a editora – que permite o uso de pseudónimo – garante a publicação dos textos aprovados, primeiro em edição electrónica (formato PDF), depois em edição em papel.
Os contos, que deverão ser enviados até 30 de Abril próximo, devem ser acompanhados de identificação do autor e do respectivo número de telefone, para posterior contacto. Mais informações no site http://www.tangaslesbicas.wordpress.com/ "
Então, alguém interessad@ em participar?
Orquídea
Aí senhor das furnas
Que escuro vai dentro de nós
Rezar o terço ao fim da tarde
Só para espantar a solidão
Rogar a deus que nos guarde
Confiar-lhe o destino na mão
Que adianta saber as marés
Os frutos e as sementeiras
Tratar por tu os ofícios
Entender o suão e os animais
Falar o dialecto da terra
Conhecer-lhe o corpo pelos sinais
E do resto entender mal
Soletrar assinar em cruz
Não ver os vultos furtivos
Que nos tramam por trás da luz
Aí senhor das furnas
Que escuro vai dentro de nós
A gente morre logo ao nascer
Com olhos rasos de lezítia
De boca em boca passar o saber
Com os provérbios que ficam na gíria
De que nos vale esta pureza
Sem ler fica-se pederneira
Agita-se a solidão cá no fundo
Fica-se sentado à soleiro
A ouvir os ruídos do mundo
E a entendê-los à nossa maneira
Carregar a superstição
De ser pequeno ser ninguém
E nã quebrar a tradição
Que dos nossos avós já vem
Isabel Silvestre, A gente não lê
Aqui
Papoila