Regressei às edições Quasi, espectro laranja.
Este livrinho contém dois contos. O primeiro, que dá o nome ao livro, fala-nos das aventuras de um jovem marinheiro na sua primeira grande viagem para Oriente, narradas pelo próprio aos seus amigos entre copos muitos anos depois. No segundo, é a vez de um senhor contar à sua acompanhante, que lhe pede uma história, uma aventura também ela passada no mar sobre a tripulação de um navio e os dilemas que lhe surgiram num encontro com uma embarcação duvidosa.
Tal como no conto de Poe (Uma Descida ao Maelström, de que falei aqui), as descrições entusiasmantes de Conrad da vida no mar e do mar transportam-nos para esse ambiente com facilidade, sentimos a revolta das ondas, o medo e a força dos marinheiros, as alegrias pelas pequenas vitórias e o desespero sobre o poder indomável dos oceanos.
Talvez seja por ser portuguesa e por estarmos tão ligados ao mar que estes contos me conseguem prender. Ou talvez seja apenas pela incrível capacidade descritiva e narrativa do autor que prende quem o lê. Ou um pouco das duas. O que é certo é que não esperava gostar assim deste tipo de escrita. É sempre bom ser surpreendida.
Orquídea
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