terça-feira, 5 de março de 2013

Childish friendly confession


Penso em ti muitas vezes. É inevitável não o fazer quando ando por Lisboa. Quando passo por Alvalade ou por Entrecampos. Quando vou a exposições. Quando há um pôr do sol bonito sobre o meu jardim. Quando oiço uma música que acho que ias gostar. E sempre, sempre, que oiço Feist ou Justin Vernon. Quando como um pastel de Belém (por aí não há destes, aposto).  Quando me falta companhia para passear sem destino. Quando vejo cinema francês. Enfim.

Agora que trabalho mesmo em frente do lugar onde te conheci, é difícil que esse teu sorriso não me apareça com frequência (sim, porque esse sorriso... ainda temos que ter uma conversa sobre isso). Depois fico nostálgica e de peito oprimido, bem apertadinho, a somatizar a saudade (que lá isso eu sei fazer). É que, sabes, poucas pessoas sabem dar aqueles abraços. E, uma vez conhecendo esses abraços (em que se dá tudo, despretensiosamente), não se esquece a sensação de conforto e de carinho que vem com eles. É assim... um género de nirvana. Quando me faz falta um desses abraços, é como se tivesse um íman no peito que se vira para todo o lado à procura de um outro com o qual se juntar... mas que não encontra. E então fica essa pulsão que destabiliza, e que só gradualmente desaparece. 

Oh well, what am I saying...

No outro dia lembrei-me: Espanha é, agora, o teu novo Alentejo. Tu, que te queixavas tanto do Alentejo! Ah!

Bem, que Abril venha depressa. E que os Avecs arranjem fibra óptica e comam menos queijo... que, ou uma coisa ou outra, está a afectar a tua capacidade de te manter em contacto com as praias lusitanas, catano!

Papoila