"Há coisas nesta vida que nunca têm plural."
Orquídea
Frases fora do seu contexto geralmente resultam em interpretações curiosas.
Orquídea
36 Degrees - Placebo
"For once the disease of reading has laid upon the system it weakens so that it falls an easy prey to that other scourge which dwells in the ink pot and festers in the quill. The wretch takes to writing. "
''Feliz por estar ao teu lado outra vez. Ao lado dessa que já estava morta um bom par de anos antes de tu morreres. Fazes-me falta. Mas a vida não é mais do que uma sucessão de faltas que nos animam. A tua morte alivia-me do medo de morrer. Contigo fora de jogo, diminui o interesse da parada. E se tu morreste, também eu serei capaz de morrer, sem que as ondas nem o céu nem o silêncio se transtornem. Cair em ti, cada vez mais longe da mísera ficção de mim.''
Nunca aqui escrevi o quão amante de desporto era. Fui daquelas que, no primeiro ano da primária, já dizia que queria ser atleta. E teria dado uma boa desportista - sempre fui muito decidida quanto a objectivos e sempre trabalhei por eles arduamente. É-me mais fácil o trabalho físico que o mental e, talvez por isso, a época de exames me seja um suplício (são demasiadas horas de inércia).
Finalmente provámos o tão falado melhor bolo de chocolate do mundo. Ou melhor, fomos só confirmar se seria mesmo o melhor bolo de chocolate do mundo. The thing is, a Papoila fez o melhor bolo de chocolate de sempre há algum tempo atrás, o que implicava que o melhor bolo de chocolate do mundo tinha uma concorrência de peso.
Depois do Wilde, seguiu-se o Kafka. Ao contrário do livro anterior, não foi a arte da escrita (que nunca consegui encontrar bem no Kafka, mas talvez seja a tradução que me impede de encontrar aqueles detalhes linguísticos que me fazem sentir aquele bliss, sabem?), mas sim o conteúdo que me fascinou. Uma carta ao pai, onde explica porque tem medo dele. Uma confissão, uma acusação, uma franqueza que surpreende. Especialmente, por ver o meu próprio pai em muitas daquelas palavras descritivas, por sentir muitas das emoções, dos medos, da culpa de que ele fala. E, por isso, deixou-me a pensar. Aconselho-vos a leitura, pela surpresa da sinceridade das palavras e dos sentimentos descritos. É pequenino, lê-se bem e, pelo que sei, ficam com mais um clássico lido para poderem dizer "Eu cá... já lia Carta ao Pai do Kafka!". Fica sempre bem.
As férias da Pascoa proporcionaram-me também tempo de leitura. Consegui ler mais dois livros da editora Quasi, de que já falei aqui em outros posts e livros. Comecei por ler este, O Retrato de Mr. WH, de Oscar Wilde. Gostei muito da escrita deste autor irlandês em The Picture of Dorian Gray e estava entusiasmada para voltar a lê-lo, mas confesso que esta não foi uma boa aposta.
Há dias em que a vida nos parece terrível. Pobrezinha de mim: homossexual, escondida de muitos, estudante que conta os trocos quando faz compras, com uma vontade esganada de viajar e de conhecer mas sem forma de o fazer, longe da família e envolta num Inverno longo de mais. Mas depois, noutros dias, feliz de mim! Jovem, saudável, com uma vida cheia de oportunidades, com a aprovação do casamento a espreitar pela janela, com dinheiro para comer, com uma namorada linda e com a Primavera a chegar.
Não vou vou falar do castiçal, feito de tampões, nem do coração da esquerda, feito de garfos e facas. Muito menos vos vou falar da experiência que foi entrar no Jardim do Éden, arte que ocupa uma divisão do ccb INTEIRINHA (só vos posso dizer que fiquei de boca aberta e que foi como entrar num mundo que não é o nosso).
Pois é: a minha fase Ellen-addiction acabou. Não porque me importasse de continuar mas porque o seu legado livresco, até ao momento, não excede as duas obras. Assim, dei comigo obrigada a procurar alternativas e não estou nada arrependida com a escolha! Neste momento estou a ler Julie and Julia e estou a adorar. É um livro extremamente bem disposto e tem uma história muito menos entediante que o filme (Atenção: eu adorei o filme! Mas o livro está deveras melhor - acontecem coisas de página em página!). Portanto, recomendo aqui à família a leitura deste romance. Façam-no com o livro escrito em americano... a leitura das primeiras páginas assusta (algumas palavras estranhas e indecifráveis pintalgam a narrativa) mas, uma vez embaladas, you're on the run!
Nice, hû?