sábado, 6 de junho de 2009

Selecção Nacional e Rés-Vés Campo de Ourique

And there I was, em frente à televisão, a ganhar o gosto pelo futebol. Era pequena, como a casa em que vivia. O meu pai comentava, a meu lado, como se a sua companhia fosse barbuda, enrugada e cinquentona. E, só quando lhe perguntava pela septuagésima vez o que era um fora de jogo, ele tomava consciência de que tinha apenas sete anos. Ainda recordo o seu olhar surpreso.

Gostava do Figo porque era o capitão de equipa. Parecia-me bem. Afinal, para capitão de equipa só iriam os melhores, não é? Era como o menino lá da escola que, em cada dia, tinha o direito a ser moço de recados (tarefa que, na idade que corre, seria encarada como um insulto ou com algum menosprezo).

Que horror de jogo. Não se contam pelos dedos o número de vezes que senti o impulso de me levantar do sofá e ir fazer algo mais proveitoso. A única coisa que me manteve foi os comentários, um tanto ou quanto cómicos, dos locutores. Desde as bocas ao árbitro e guarda-redes adversário até às desarticulações de comunicação entre comentadores.

Passámos. Vá lá. Já tenho esperança de ter com que me empolgar no Verão de 2010.

Com o brazuca isto não era nada assim. Nem sempre o que é nacional é bom.

Papoila

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