quinta-feira, 11 de março de 2010

Benvindos ao Planeta Terra

E, de repente, Portugal acordou para coisas que acontecem *há anos nas escolas portuguesas. Eu bem sei as coisas horríveis que testemunhei na minha escola. E ainda há quem diga que isto não é um problema infantil, que é importante para que as crianças desenvolvam a sua autonomia, que têm que aprender a defender-se sozinhos. Quem tem esta opinião, ou tem uns monstrinhos em casa ou não têm filhos at all.

Papoila

6 comentários:

Poppie disse...

A comunicação social tem de facto um poder singular. Sempre existiu, mas ninguém lhe ligava. Eram brincadeiras de miúdos, como diziam. Como me disseram. Eu sofri na pele essas brincadeiras de miúdos. Não a violência física que tanto ouvimos falar, mas a psicológica. E durante alguns anos condicionou muitos dos meus comportamentos e acções. Cada vez mais as escolas são um depósito onde os pais deixam as crianças. as escolas que tratem de as educar. E esse é o problema. Não acredito que as crianças sejam cruéis, como é usual dizer-se. São sim mais verdadeiras. A questão é que elas são moldadas com os exemplos que têm à volta.

Inês disse...

*há anos ;)

S-Kelly disse...

* há muitos anos... ;)

Caramela disse...

Muitos muitos anos mesmo e não me lembro de na minha altura ouvir falar delas. Só agora. Bem, sempre ouvi dizer que mais vale tarde do que nunca...

B' disse...

E o que mais chateia é que daqui a uns meses, semanas talvez, este assunto vai cair no esquecimento, e vai voltar a não ter importancia nenhuma. Até que um dia mais crianças se suicidem.

Papoila e Orquídea disse...

Soube há algum tempo que tinha sido criado em Portugal um website de apoio a crianças que sofrem de bullying, mas ainda falta tanto para que este problema se resolva. Falta seriedade. Falta preocupação. Também passei por coisas semelhantes e o que mais me surpreendia era a indiferença, a incompreensão e até alguma intolerância de quem é suposto ajudar quando uma criança pede ajuda. A escola não quer saber. A escola não sabe como lidar com isto. Não é a única. Mas o que importa é que não se deixe de falar até que seja tão incómodo ao ponto de ser necessário fazer alguma coisa. Havemos de lá chegar.