segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Summer of '10 - A Desavergonhada

A propósito da Ribeira... Foi neste local que se deram as filmagens mais sensuais e atrevidas da nossa memória!
Estava a chegar ao fim o nosso tempo naquele sossego montanhoso. No dia seguinte partiríamos e não podíamos deixar de nos ir despedir da nossa ribeira. Ao final do dia, lá nos pusemos à estrada (a pé, claro!) até ao local. Deixei-me ficar nas escadas que davam para o sítio enquanto a Papoila saltitava de pedrinha em pedrinha para que eu lhe tirasse as últimas fotografias ali. Subiu as rochas, foi para junto da cascata, sentou-se na borda e ficou a observar a água. Imagino que as saudades tenham começado a apertar. Foi então que se levantou e, através do ecrã da máquina que eu continuava a apontar-lhe, vi que começava por tirar os sapatos, as meias, e o olhar permanecia naquela água que tanta vez a acolheu nestes dias. Ia saltar uma última vez! Agarrou na ponta da t-shirt, mas pareceu desistir da ideia. Estávamos ali sozinhas, já não ia aparecer ninguém àquela hora e eu ajudei à festa, gritei do lugar de onde estava "TIRA!". Sempre teria algo mais seco para vestir quando saísse da água. Ela sorria. De soutien e calções curtos, preparava-se para saltar. Era altura de filmar a acrobacia final. "ESTÁ A FILMAR!". Ela sorri, está feliz com a pequena extravagância que vai fazer. Olha para a água, com os pés mesmo à beira da rocha. E olhar para o lado. E volta a olhar para o mesmo sítio. Então? Não se decide?! "TENHO MEDO!" Grita de volta. Mau... Tanta vez que já saltou e agora é que está com vergonha? É por estar a filmar? "VÁ!" E ela volta a sorrir, é desta, vai saltar e *puff*, lá vai ela e eu filmo tudo, a delicadeza (ou não) do salto, a queda, a água a espirrar e a cabeça a vir à superfície, com o mesmo sorriso, e as braçadelas até à margem. Fim do filme. Mas ainda faltavam as acrobacias entre as rochas até chegar novamente lá acima, para se vestir e calçar.
Novo filme. Lá vai ela, com os gestos certos, de uma pedra para a outra, com a segurança que admiro, lá vai por ali acima, e eu vou filmando. Chega junto aos seus pertences e enquanto se calça, vou filmar, mais uma vez, a paisagem. Viro lentamente a câmara para a direita, para filmar a ribeira, as árvores gigantes, as escadas até aqui, onde estou, a fonte, e agora volto, de novo para a esquerda, um pouco mais depressa porque já filmei isto, pronto, lá está ela, quase pronta. Deixa cá fazer um zoom para ver o que está a fazer. Mas porque é que está agarrada assim ao soutien? Olha para um lado e para o outro, olha novamente, mas o que é que se passa? Não me digas que ela vai tirar o...? TIROU! Oh gawd, desliga, DESLIGA!

E foi assim que, sem querer, se fez um filme com nudez parcial da minha Papoila enquanto ela só queria vestir a t-shirt sem a encharcar. Escusado será dizer que este filme já não existe, foi formalmente exterminado após ambas termos confirmado a pouca vergonha hilariante da mesma gravação na segurança de casa.

Orquídea

2 comentários:

cegonhagarajau disse...

:)
nunca ouviram falar em edição de filmes!? :)
Depois de uma descrição tão detalhada, parece-me que deve ter sido memorável!
Com edição teriam uma versão editada para os amigos e a versão original pra vocês.
Abraço

Filipa disse...

que fofinho.. e pk nao te juntaste a ela?

beijoquinhas as duas