terça-feira, 31 de agosto de 2010
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Summer of '10 - A Desavergonhada
Novo filme. Lá vai ela, com os gestos certos, de uma pedra para a outra, com a segurança que admiro, lá vai por ali acima, e eu vou filmando. Chega junto aos seus pertences e enquanto se calça, vou filmar, mais uma vez, a paisagem. Viro lentamente a câmara para a direita, para filmar a ribeira, as árvores gigantes, as escadas até aqui, onde estou, a fonte, e agora volto, de novo para a esquerda, um pouco mais depressa porque já filmei isto, pronto, lá está ela, quase pronta. Deixa cá fazer um zoom para ver o que está a fazer. Mas porque é que está agarrada assim ao soutien? Olha para um lado e para o outro, olha novamente, mas o que é que se passa? Não me digas que ela vai tirar o...? TIROU! Oh gawd, desliga, DESLIGA!
 E foi assim que, sem querer, se fez um filme com nudez parcial da minha Papoila enquanto ela só queria vestir a t-shirt sem a encharcar. Escusado será dizer que este filme já não existe, foi formalmente exterminado após ambas termos confirmado a pouca vergonha hilariante da mesma gravação na segurança de casa.
E foi assim que, sem querer, se fez um filme com nudez parcial da minha Papoila enquanto ela só queria vestir a t-shirt sem a encharcar. Escusado será dizer que este filme já não existe, foi formalmente exterminado após ambas termos confirmado a pouca vergonha hilariante da mesma gravação na segurança de casa.Orquídea
Plingrafias II - A Ribeira
Summer of '10 - O Momento
Os nossos dias sozinhas por lá foram preenchidos essencialmente por estudo. A Papoila tem um exame em Setembro e eu tenho uma tese para desenvolver. Passámos várias horas de volta dos papéis, ela no estudo e eu, muita vez, de volta do livro sobre o qual acabei de escrever. E, ao contrário do que sentimos por cá em época de exames, sabia bem.
Sentada numa ponta do sofá, com a Papoila deitada e com as pernas no meu colo a servirem de apoio ao livro que leio, no silêncio da casa, de janelas abertas para que entre o ar da serra e o sino da igreja nos relembre as horas a passar, enquanto eu adianto o livro e a Papoila adianta o estudo. Era assim que devia ser sempre. Este conforto, para que haja paz de espírito. Não precisamos de mais nada. A nossa casa, os nossos horários, o nosso sossego. E aqueles momentos no sofá, em silêncio e nas palavras, vão ficar em mim. É só isto que preciso.
Orquídea
Combateremos a Sombra - Lídia Jorge
 Ai, eu adoro Lídia Jorge. Vou tentar escrever este post sem me entusiasmar demasiado para parecer sério. Ora bem...
Ai, eu adoro Lídia Jorge. Vou tentar escrever este post sem me entusiasmar demasiado para parecer sério. Ora bem...Queria ler este livro porque alguém me disse que a autora o considerava o seu melhor trabalho, que só agora conseguira ficar realmente satisfeita com o que escrevera. Andava a namorá-lo desde que saiu, mas o seu preço é proibitivo. Felizmente, encontrei-o na prateleira de alguém que teve a gentileza de mo emprestar para que a minha ânsia de o ler se acalmasse.
O novo romance de Lídia Jorge fala de um psicanalista, Osvaldo Campos, que, no início do novo milénio, se vê perante uma nova fase da sua vida, marcada inicialmente pelo divórcio e por algumas vidas que se vão emaranhando na dele. Não quero dar mais pormenores porque o livro é grande e há muito para ler antes de compreender a totalidade da história. Mas este livro tem de tudo. Tem a vida comum de Osvaldo, tem a vida incomum dos seus pacientes, tem Lisboa, tem romance, tem política, tem crime e tem uma escrita deliciosa que me faz pôr a história como interesse secundário. Novamente, a narrativa da Lídia Jorge tem algo de novo e diferente, tem um ruído de fundo que mal se nota e que vai crescendo ao longo do romance para surpreender no final. Voltei a apaixonar-me pela forma como fala das coisas mais simples, da beleza nas palavras, da inteligência da escrita. Devorei-o este Verão, durante as nossas férias, e soube tão bem. Continua, portanto, uma das minhas escritoras favoritas.
Diz ela; confidente, ouve como um vivo, age como um morto.
Orquídea
domingo, 29 de agosto de 2010
Plingrafias I - Fogos
Deixamo-vos algumas fotografias que nos apertaram o coração. É favor clicar sobre as mesmas para as ver em condições.
Querido Pai Natal
 Sempre fui uma miúda precoce (lol). Sei que ainda faltam uns meses mas também sei que não te importas. Sempre me disseram p'ra não deixar para amanhã o que posso fazer hoje - e eu sou bem mandada. Ambos sabemos o propósito deste post, mas vamos guardar isso no segredo dos deuses e fingir-nos despercebidos. Tenho sido uma menina bem comportada e não tenho feito mal a ninguém. Escovo os dentes com regularidade e como ervilhas, mesmo não gostando muito. Faço a cama todas as manhãs e, depois de uma educação anancástica (pobre de mim), até arrumo os sapatinhos paralelamente à cama. Sendo assim, gostava de receber como recompensa, um dos ítens da seguinte lista.
Sempre fui uma miúda precoce (lol). Sei que ainda faltam uns meses mas também sei que não te importas. Sempre me disseram p'ra não deixar para amanhã o que posso fazer hoje - e eu sou bem mandada. Ambos sabemos o propósito deste post, mas vamos guardar isso no segredo dos deuses e fingir-nos despercebidos. Tenho sido uma menina bem comportada e não tenho feito mal a ninguém. Escovo os dentes com regularidade e como ervilhas, mesmo não gostando muito. Faço a cama todas as manhãs e, depois de uma educação anancástica (pobre de mim), até arrumo os sapatinhos paralelamente à cama. Sendo assim, gostava de receber como recompensa, um dos ítens da seguinte lista. Já tenho um escritório, um quarto e uma sala. Falta-me uma máquinazinha para fazer café e receber as mais variadas gentes em casa! Assim o Sr. Pai Natal podia lá fazer a pausa, na noite de natal, e bebia um cafezinho. Veja lá se, com o sono, não choca com as renas num avião qualquer.
Oh pah, ficava bem em cima da minha cama. Há uma parede enorme a precisar de ser preenchida! E assim o Sr. Pai Natal sabia a quem não devia dar prenda, que eles são todos terríveis!
Ai, isso é que seriam sessões de cinema lá em casa. Tenho cama e sofás para muitos. E o Sr. Pai Natal podia ir lá ver os vários filmes biográficos que passam em sua honra na época natalícia! Que tal?
(suspiro) Não faltariam vídeos das mais variadas ocasiões. E assim podia fazer filmagens das minhas boas acções e o Sr. Pai Natal ficaria com a prova de que, para o ano, ainda teria que me dar uma prendinha mais bonita!
Porque uma mulher anda bem é vitaminada e, uns batidos pela manhã, ajudariam nisso. E assim o Sr. Pai natal podia, na manhã de natal em que descansa do trabalho da noite anterior, vir avitaminar-se comigo! Boa?
Para eu ver como é complicado fazer tantos quilómetros numa só noite e desejar nunca vir a ser Mamã Natal.
Porque ando com falta de pôr os gémeos e o costureiro em forma, como um dia estiveram. Assim, para o ano, ajudava o Sr. Pai Natal a distribuir as prendas!
Porque um dia ainda dá um enfartezinho ao Sr. Pai Natal que, a julgar pela barriga, tem alguns factores de risco. Né, Sr. Pai Natal? Ai esse Síndrome Metabólico...
Porque o Sr. Pai Natal aparece desfavorecido em muitas das fotos que publicam e, sinceramente, eu acho que conseguia melhor do que isso.
Porque o Sr. Pai Natal anda a ficar velho e vesgueta e assim eu podia ajudar a ler os pedidos de outros cantos do mundo.
Papoila
Boiling hearts all along the blogosfere
Terror Movie 'Silly Chicken Meat Prepare'
 
 
sábado, 28 de agosto de 2010
Summer of ’10 – As Noites Secretas da Papoila
Noite #1: Devido a um mal entendido, ficámos sem casa na primeira noite. Para resolver o problema, tivemos de ficar essa noite no quarto da minha mãe, numa outra casa. O mais engraçado foi que encostámos duas camas e eu dormi no meio, entre a minha mãe e a Papoila... Mas não foi esta situação caricata que marcou esta noite. Ora bem, acordei a meio da noite com dores de costas e precisei de mudar de posição, virei-me de barriga para baixo. Assim que me instalo, a Papoila põe a mão nas minhas costas para me fazer uma massagem onde ela já sabe que me costuma doer. Foi um gesto muito querido da sua parte, mas digamos que o facto de a minha mãe estar a uns centímetros de mim, mesmo que a ressonar, não me deixou apreciar completamente o gesto.
Uns dias depois, quando lhe falei desta cena nocturna, não se lembrava de nada!
Noite #2: A meio da noite, o diálogo em voz ensonada:
P: Orquidea...
O: Sim?
P:hhmm...
O: O quê?
P:
P: hmm...
P: QUE SUSTO!
P: Ouviste??
Adormeceu e deixou-me sem resposta.

Orquídea
Summer of ’10 – Dias com a Família
São duas formas diferentes de viajar. Os meus avós, já com a idade às costas, preferem os passeios de carro, os restaurantes, as paragens nos cafés e as caminhadas lentas. A juventude gosta de andar muito e depressa, ver o máximo, tirar muita fotografia e aventurar-se. Gosto muito das viagens em família e dos passeios com a Papoila, mas em conjunto… é uma mistura complicada de gerir.
Correu tudo bem! Os meus avós andaram deliciados a contar piadas e peripécias da vida passada à minha florzinha, que os ouvia com a maior das atenções e carinho possíveis. Dava gosto de ver. A minha mãe até já tinha pena dela por ser a nova confidente do meu avô. Apesar de terem tornado as “férias com a amiga” em “férias com a família onde, por acaso, a amiga também está”, fiquei contente com a forma como tudo correu. E mais ainda (aqui só entre nós) quando chegaram sãos e salvos a casa.
0=)
Orquídea
Summer of ’10 – O Carro… ou não!
NÃOOOOOOOOOO!
Pronto. A minha mãe, que tanto trabalho me deu para a convencer a deixar lá o carro connosco, arranjara uma cúmplice. Os pais, os avós e mais algumas pessoas a quem foi solicitada a opinião, estavam contra a ideia. Resultado: fomos todos no mesmo carro de 7 lugares, a minha família regressou nesse mesmo carro, demos uso às nossas belas pernas durante a estadia por lá e os pais da Papoila encarregaram-se de nos ir buscar mais tarde. Não houve direito a passeios mais longínquos pela zona ao final da tarde, não houve visita ao Porto no regresso (ainda não foi desta), nada de Noites Ritual, enfim. Cortam-se uns planos, mas criam-se outros. Apesar de tudo, não sentimos grande falta do carro. Sabemos aproveitar o tempo que temos.
Mas cheira-me que vou pedir um carrito como prenda de final de curso…
Orquídea
Voltámos!
Papoila e Orquídea
sábado, 14 de agosto de 2010
Indo Três Indo Três a Caminho do Gerês*
 É já amanhã!
É já amanhã!Papoila e Orquídea
Ressonância Magnética
 Para quem não sabe, a máquina de RM faz barulhos esquisitos. Uns tum-tum-tum ou pipipipipi irritantes. O mais curioso foi que, enquanto ouvia aquilo, em vez de pensar na poluição sonora que seria, dei por mim a imaginar uma música de Nine Inch Nails com a voz do Trent Reznor por cima a cantar alguma letra de revolta e um concerto cheio de gente a bombar com aquele ritmo mecânico de fundo. E depois os barulhinhos mudaram de frequência e dei por mim, agora, no fim de uma música de Chemical Brothers, com mais público a delirar com o som psicadélico da máquina de ressonância. E é assim que uma pessoa se entretém durante os 25 minutos que me disseram que demorava o exame: a chegar à conclusão de que gosto de coisas estranhas. Até do ruído da máquina de RM. Cá para mim devia ter feito a ressonância à cabeça também...
Para quem não sabe, a máquina de RM faz barulhos esquisitos. Uns tum-tum-tum ou pipipipipi irritantes. O mais curioso foi que, enquanto ouvia aquilo, em vez de pensar na poluição sonora que seria, dei por mim a imaginar uma música de Nine Inch Nails com a voz do Trent Reznor por cima a cantar alguma letra de revolta e um concerto cheio de gente a bombar com aquele ritmo mecânico de fundo. E depois os barulhinhos mudaram de frequência e dei por mim, agora, no fim de uma música de Chemical Brothers, com mais público a delirar com o som psicadélico da máquina de ressonância. E é assim que uma pessoa se entretém durante os 25 minutos que me disseram que demorava o exame: a chegar à conclusão de que gosto de coisas estranhas. Até do ruído da máquina de RM. Cá para mim devia ter feito a ressonância à cabeça também...Orquídea
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Your sunset
Papoila
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Ténis MariaRapaz
Ui.
Papoila
Nelly knew dot com
 Aqui. A verdade é que o 'migo Nelo sabia o que ia acontecer. Pelo menos aqui por casa assim foi - cuequinha e soutien.
Aqui. A verdade é que o 'migo Nelo sabia o que ia acontecer. Pelo menos aqui por casa assim foi - cuequinha e soutien.42ºC é para os da sauna... eu cá prefiro gelo!
Papoila
Tenho dói-dói
 Ok... no amor, para além de se partilharem as alegrias, partilham-se as mágoas e a dor. Mas, meu bem, temos mesmo que partilhar a dor de costas?
Ok... no amor, para além de se partilharem as alegrias, partilham-se as mágoas e a dor. Mas, meu bem, temos mesmo que partilhar a dor de costas?Num quéru! Snif ='(
Papoila
Auch
Eu: ... [Ops!]
Papoila
As 10 coisas que tenho que fazer antes de vir do Gerês
 1) Levar-te o pequeno almoço à cama.
1) Levar-te o pequeno almoço à cama.2) Tomarmos chá na varanda e ver as estrelas.
3) Mostrar-te um dos parques florestais mais bonitos do país.
4) Levar-te a uma lagoa com cascata.
5) Fazer-te um jantar romântico.
6) Levar-te a almoçar verdadeira comida minhota.
7) Oferecer-te um ramo de flores apanhadas na serra.
8) Fazer um piquenique e apanhar amoras silvestres.
9) Dançarmos um slow, finalmente sozinhas.
10) Fazer-te sorrir. Muito e todos os dias.
Papoila
Amo-te
Papoila
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
My lovely mirror
Lembro-me dos dias em que te conheci e, para avivar os sentidos, ponho The Gift a tocar. Serão sempre estes acordes que me recordarão com exactidão os meus lábios a aproximarem-se de ti, assustados, pedindo autorização para se ousarem.
Nesse dia ouvimos a Sónia a cantar junto ao Tejo, na companhia de uma estrangeira que se nos juntou e que, ao contrário de nós, sabia exactamente o que se estava a passar connosco. Havia ali um clima pouco usual.
Senti, pela primeira vez, a opressão de não te puder beijar desmedidamente. Bastava-me olhar para ti e a frustração expandia-se, tanto que até o estômago se ressentia e as pernas tremiam. Sensação estranha a de querer tanto uma pessoa e, ao mesmo tempo, não nos permitirmos a isso. 
 
 



 
